Prédios abandonados viram abrigo de usuários de drogas na zona Leste de Teresina

Os usuários passam a madrugada entorpecidos nestes espaços, sendo que alguns dos frequentadores chegam a morar no local. Os vizinhos temem pelo pior, como assaltos e arrombamentos

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O que antes era o sonho de um belo endereço na zona Leste se transforma em um pesadelo regado a drogas, criminalidade e violência. Prédios que tiveram a construção abandonada em bairros da região se transformam em redutos para o uso de narcóticos.

Os usuários passam a madrugada entorpecidos nestes espaços, sendo que alguns dos frequentadores chegam a morar no local. Os vizinhos temem pelo pior, como assaltos e arrombamentos.

No bairro Jockey, no cruzamento da Avenida Elias João Tajra com a Rua Tabelião José Basílio, existe uma dessas construções abandonadas. Ali, encrustado entre prédios habitados, o abandono do espaço incomoda, principalmente os vizinhos. O prédio possui 18 andares em uma das áreas mais ricas de Teresina, e foi abandonado quando a construção já estava bastante avançada.

A população do entorno tem receio de passar no local, sobretudo durante a noite. “Sabemos que existe uma movimentação nesse prédio abandonado, e isso faz com que a gente evite passar por lá até mesmo durante o dia. O sentimento que a gente tem é de insegurança”, avalia a jornalista e advogada Hallana Almeida, que mora nas proximidades.

Outro prédio que está em situação parecida é o que fica localizado no cruzamento da Rua Rubi com a Avenida Dom Severino. Este possui 17 andares, e a entrada arrombada dá acesso livre ao canteiro de obras abandonado, que possui, inclusive, máquinas de construção esquecidas no local.

O lixo espalhado pelo chão configura a presença de pessoas constantemente no local. Latas cortadas pela metade, utilizadas para consumir crack, também aparecem espalhadas pelo chão.

O local também apresenta muitos focos de dengue, onde o principal está localizado onde seria o elevador do prédio, que é uma verdadeira piscina repleta de aedes aegypti, vetor do vírus da dengue.

Para a moradora F.C., que mora em frente ao prédio abandonado, a sensação é de “terror”. “A gente vê carro de luxo parando aí noite e dia, e a movimentação durante a madrugada é grande.

Eles passam o dia usando drogas, e quando não tem, eles fazem o quê? Vão atrás de quem tá quieto. Alguém precisa fazer alguma coisa, e urgentemente”, comenta.

SDU pede a construtoras retomada das obras

Segundo André Galvão, gerente de Urbanismo da Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zona Leste (SDU/Leste), a responsabilidade é inteiramente das construtoras responsáveis pelas obras. "A responsabilidade é das construtoras, e elas devem dar uma justificativa pela paralisação das obras", afirma.

Ainda de acordo com Galvão, alguns prédios abandonados foram notificados e tiveram a construção retomada.

"Algumas edificações foram retomadas após a notificação, que é feita pela Prefeitura Municipal de Teresina, através da gerência de controle e fiscalização. Os trabalhos devem continuar para acabar com o problema", finaliza o gerente de Urbanismo da SDU/Leste.

Equipe da SEMTCAS visitará os prédios

De acordo com Mauricéia Neves, responsável pela pasta da Secretaria Municipal do Trababalho, Cidadania e Assistência Social (SEMTCAS), os casos como a presença de usuários de drogas em espaços como prédios abandonados são acompanhados de perto por equipes da SEMTCAS.

"Temos 40 agentes de proteção social (APS) à disposição da população. Esses profissionais fazem o acompanhamento de pessoas em situações como essa", declara.

Mauricéia também pontua que existe, no centro da capital, o Centro Pop, que tem como principal objetivo fazer o acompanhamento de pessoas em situação de risco de segunda a segunda. "É no Centro Pop que damos assistência a essas pessoas. Mas isso só após identificarmos a situação de risco e o pessoal fazer o encaminhamento", afirma.

Sendo assim, a SEMTCAS se compromete a atender a demanda mencionada pela reportagem. "Sabendo desta situação, vamos encaminhar uma equipe de agentes para realizar essa abordagem.

No caso, em que são usuários de drogas, é preciso um acompanhamento com a Polícia Militar para manter a integridade dos profissionais", finaliza a secretária Mauricéia Neves.

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