Presidente de escola de samba é preso com dinheiro suspeito

Ele foi preso, levado ao 13º Distrito Policial, na Casa Verde, e o dinheiro, apreendido, pois Barros não soube explicar a origem.

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O presidente da escola de samba Camisa Verde e Branco, Ribamar de Barros, estava com R$ 11 mil em dinheiro quando foi preso na madrugada desta sexta-feira (20) na região da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Barros foi abordado por policiais militares durante um patrulhamento de rotina, e foi constatado que havia um mandado de prisão expedido em seu nome desde o dia 9 de janeiro. Ele foi preso, levado ao 13º Distrito Policial, na Casa Verde, e o dinheiro, apreendido, pois Barros não soube explicar a origem. O carro que ele dirigia estava regular e foi liberado para seus familiares.

O mandado foi expedido depois que Barros foi condenado em segunda instância por extorsão, em decisão que saiu no dia 15 de dezembro. Segundo seu advogado, Airton Bicudo, a condenação refere-se a um processo iniciado em 2001. Na época, o presidente da escola de samba foi absolvido. Entretanto, o Ministério Público recorreu e a Justiça decidiu pela condenação. Barros e outras quatro pessoas foram condenadas a seis anos, dois meses e 20 dias de prisão.

?É um fato muito antigo, o Ribamar é uma pessoa que desde essa época não tem nenhum problema, e que goza de conceito dentro da escola de samba, no meio social onde vive, e que tem o apoio da diretoria, de todas as pessoas da escola e da própria comunidade?, explicou o advogado, que pretende recorrer da decisão. ?Se a decisão não estiver transitada e julgada, nós vamos pedir ao desembargador para que nos dê o direito de recorrer em liberdade. Até por ser um fato muito antigo e dele ter dado demonstrações durante esse tempo todo de que é um homem de bem.?

Segundo o advogado, Barros não sabia da existência do mandado de prisão ? nem os policiais militares que o abordaram. O dado só foi descoberto após verificação dos policiais no sistema da Polícia Militar.

O caso de extorsão aconteceu quando Barros estava preso na carceragem do 28º Distrito Policial por tráfico de drogas. Segundo o processo, a vítima relatou que o presidente da escola de samba e outro homem que estava preso passaram a exigir quantias em dinheiro para que ele não fosse morto na carceragem. O esquema foi descoberto e denunciado. Barros, o outro preso e duas mulheres foram ondenados.

Bicudo questionou a condenação. ?Pelo que ele fala, nos parece uma situação bisonha, não é uma situação de um bandido, que aconteceu num passado muito distante, e que teve uma interpretação em um primeiro momento favorável?, afirmou.

Antes do processo de 2001, no qual ele também foi acusado de formação de quadrilha, Barros já havia respondido por roubo e tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil, ele chegou a cumprir pena em alguns casos e foi absolvido em outros.

De acordo com a delegada Magali Celeghin Vaz, do 13º Distrito Policial, onde foi registrado o boletim de ocorrência de captura, Barros deve ser transferido ainda nesta manhã para o 72º Distrito Policial, na Vila Penteado, na Zona Oeste, onde há carceragem. Lá, ele aguardará uma vaga em um Centro de Detenção Provisória.

A assessoria de imprensa da Camisa Verde e Branco informou que por enquanto a escola não irá comentar no assunto, e que a agremiação continua focada no carnaval. A programação para os próximos dias está mantida, e a escola fará seu ensaio técnico neste sábado (21) no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo. Representantes da escola também estiveram no 13º DP e não comentaram a prisão de Barros.



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