Presidiário usa perfil no Facebook e desafia a direção de cadeia

Direção da unidade diz que “não foi possível comprovar” responsabilidade do rapaz

Postagens "carentes" também oferecem troca de mensagens pelo celular | Reprodução
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Uma página no Facebook que estaria sendo alimentada por um preso virou um mistério para a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O órgão tenta descobrir se Vanutti Raphael de Araújo Braga, detido desde 2012 na Penitenciária Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, é o responsável pelo perfil na rede social.

Uma investigação foi instaurada logo após a denúncia da TV Record, no dia 22/03, pela direção da unidade. A cela onde Braga está detido foi revistada, e o preso chegou a ser ouvido, mas não foi possível comprovar que ele seria o verdadeiro responsável pelas postagens no perfil.

A Seds informou que o rapaz não possui acesso aos computadores utilizados em um curso da unidade. Ele também não trabalha dentro do presídio.

Entretanto, a pessoa que administra a página atribuída ao detento, com o apelido de "Vanutin Trem Bala", fez alterações no perfil após a divulgação feita pela imprensa, e bloqueou o acesso ao conteúdo a pessoas que não constam como amigos do rapaz na rede social.

Até o início da noite desta quarta-feira (3), Trem Bala tinha 2.585 amigos e mais 546 seguidores. O número diminuiu em cerca de dez dias, quando a investigação começou. Antes, o rapaz era "amigo" de 2.615 pessoas.

Postagens

Os textos das postagens do rapaz na rede social incluem até o número do infopen [número de cadastro no sistema prisional] que, segundo a Seds, está correto. Braga divulga informações como o endereço da penitenciária pedindo cartas e até depósitos bancários na conta da mãe.

Detido por porte ilegal de arma e tráfico de drogas, o rapaz não aparenta estar se regenerando. De acordo com a página, sua ocupação seria "linha de frente na Al Qaeda". "Estudioso", "Trem Bala" teria se formado na "Faculdade Criminosa" e na "Universidade Talibã".

A Seds informou ainda que, à respeito da possibilidade do rapaz serem feitas por um celular, são feitas "averiguações rotineiras" nas celas e que "nada ilícito" foi encontrado na cela onde Braga está detido.



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