PRF 'descarregou o fuzil', diz marido de estudante morta em blitz no RJ

Na noite deste sábado (17), o agente da PRF Thiago da Silva de Sá foi preso após matar a estudante de enfermagem durante uma abordagem no Rio de Janeiro.

Alexandre Roberto Ribeiro Mello, marido da estudante de enfermagem | Redes Sociais
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Alexandre Roberto Ribeiro Mello, de 32 anos, marido da estudante de enfermagem Anne Caroline Nascimento Silva, morta durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro, disse que a ação da PRF foi um assassinato e que o agente ‘descarregou o fuzil’ contra o veiculo em que estava com a jovem.

"Foi um assassinato. Ele descarregou o fuzil todo no carro. Os furos estão lá, os tiros estão todos no meu carro. (...) Foi execução. Minha esposa faleceu, ela não volta mais. Eu quero justiça contra ele. Eu vou até o final para ele ter a justiça merecida. Errou tem que pagar, matou tem que ser preso", disse Alexandre, marido da vítima, ao G1.

Na noite deste sábado (17), o agente da PRF Thiago da Silva de Sá foi preso após matar a estudante de enfermagem durante uma abordagem na rodovia Washington Luiz, no sentido Rio de Janeiro. O policial deu ordem de parada, porém o veículo em que ela estava junto com o marido não parou, vindo a ser alvo de tiros pelo PRF.

Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos | Foto: Redes SociaisNa ocasião, Alexandre era o motorista, e a Anne Caroline a passageira. Após ser baleada, Anne foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu e morreu. Thiago da Silva de Sá foi liberado após passar pela audiência de custódia na Justiça Federal.

Segundo a família da jovem, o carro onde a jovem estava, ao lado do marido, Alexandre, parou na abordagem, mas os agentes federais atiraram. Segundo a PRF, o agente atirou após o carro onde estavam Alexandre e Anne não ter obedecido uma ordem de parada.

Em contrapartida, o marido da vítima relatou que viu quando os agentes da PRF deram ordem para que ele parasse o carro. Porém, como ele estava no meio da pista central da BR-040, ele ligou o alerta e dirigiu na direção de um ponto mais seguro para encostar o veículo.

Contudo, ainda segundo Alexandre, os policiais abriram fogo contra o veículo e acabaram atingindo Anne antes mesmo que o carro pudesse parar. Ainda segundo o homem, os agentes desceram do carro transtornados, quando perceberam que tinham atingido a mulher.

"Eu escutei ele falar (pedindo para parar), imediatamente eu liguei o pisca alerta. Eu estava no meio da rodovia, procurei um acostamento. Tanto é que eu parei na agulha e minha esposa já estava baleada. Eles desceram e entraram em desespero, todos eles. Eles me culpam como se eu tivesse apertado o gatilho. 'a culpa é sua, a culpa é sua. Seu mer*'. Falando um monte de coisas, me xingando", explicou Alexandre ao G1.

Ainda segundo o marido da jovem, Anne pediu para não morrer.  Na opinião de Alexandre, o policial responsável pelos disparos, Thiago da Silva de Sá, deveria ser impedido de ser policiais. 

"Ela foi baleada e só falou: 'Amor, tomei um tiro, tomei um tiro'. Eu desci e coloquei a mão nela e senti o sangue. Aí eles mesmos levaram para o hospital. Eles tão nervosos, conduziram meu carro para o hospital. Eles viram a besteira que fizeram (...) Perdão quem dá é o lá de cima, mas eu só queria que ele não exercesse mais essa função de policial, porque isso não é pra ele. Ainda mais policial federal", disse Alexandre ao G1.



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