Prisão: Romário procura assessores de Edmundo em São Paulo

Romário e Edmundo formaram dupla que marcou época

O ex-jogador e atual deputado federal Romário (PSB-RJ) buscou informações | Getty images
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O ex-jogador e atual deputado federal Romário (PSB-RJ) buscou informações, nesta quinta-feira, com assessores de Edmundo, sobre os motivos da prisão do ex-colega de ataque no Vasco, Flamengo e Fluminense, demonstrando preocupação com o fato. A informação é de funcionários do gabinete de Romário na Câmara dos Deputados. Segundo assessores, os dois, no entanto, não mantém contatos "há um bom tempo".

Romário e Edmundo chegaram a gravar o funk "Rap dos Bad Boys" na década de 1990. Um dos versos da música diz "Romário meu amigo, sou Edmundo animal, posso aprender contigo tu é o mestre ideal". Em 2000, contudo, os dois chegaram a brigar publicamente quando eram colegas no Vasco. Na ocasião, Romário, em uma entrevista, disse que "agora a corte toda está feliz: o rei, o príncipe e o bobo", se referindo ao ex-presidente vascaíno Eurico Miranda, a ele e a Edmundo.

O ex-jogador e atual comentarista esportivo estava foragido após ter um mandado de prisão expedido no Rio de Janeiro. Ele foi encontrado e preso em um flat na rua Amauri, zona oeste de São Paulo, após uma denúncia anônima. Edmundo, segundo a defesa, está em uma cela da 3ª Delegacia Seccional de São Paulo, em Pinheiros.

Três mortes na Lagoa

Na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995, quando saía de uma boate na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, o então jogador do Flamengo chocou seu Jeep Grand Cherokee com um Fiat Uno. No acidente, morreram Joana Maria Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota, que estavam no outro automóvel. Outras três pessoas ficaram feridas - Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer. O laudo da perícia apontou que o jogador estava em alta velocidade.

Em março de 1999, Edmundo foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto. O ex-jogador chegou a passar uma noite na cadeia em função dos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais - também culposas - nas outras três vítimas.

A defesa de Edmundo recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Em 2008, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a oitava tentativa do ex-jogador de anular a condenação e manteve a pena.

Na última terça-feira, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, determinou a expedição de mandado de prisão contra Edmundo. Segundo o advogado Arthur Lavigne, que representa Edmundo, o processo está prescrito desde 2007. "Em 2010, o Ministério Público reconheceu a prescrição e tanto a defesa quanto a acusação concordaram. O juiz, que é novo na Vara, entendeu que não havia prescrição. Não sei qual é a fundamentação dele. (...) Estamos todos surpresos, é uma decisão sem cabimento", disse Lavigne. Entretanto, para o juiz, ainda não ocorreu o lapso temporal exigido pela lei para prescrever a condenação, que no caso do ex-jogador é de 12 anos.



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