Professora conhecia suspeito de jogá-la em cisterna, dizem amigos

Polícia não confirma, mas diz que existe um suspeito que será intimado a depor.

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Ela teria ido a uma festa na última sexta-feira (28) de carona com um homem. Desde então, estava desaparecida. | Arquivo Pessoal
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A professora Viviany Cardozo, de 23 anos, conhecia o suspeito de jogá-la em uma cisterna de 40 metros de profundidade localizada dentro de uma chácara do Jardim Ingá, distrito de Luziânia (GO), região do Entorno do DF. A informação foi repassada pelos amigos da vítima, que iniciaram uma movimentação no Facebook divulgando a foto e o nome do homem que foi visto pela última vez na companhia da professora.

Viviany estava desaparecida desde a noite da última sexta-feira (28) quando saiu para ir a uma festa e não voltou mais. O delegado Rodrigo Arana Vargas, responsável pela seção de homicídios da Polícia Civil de Goiás, informou que, em depoimento, os amigos disseram que ela pegou carona com um homem neste dia e desde então desapareceu, mas não confirma que o este homem seja o mesmo que os amigos desconfiam.

? Nós trabalhávamos com a hipótese de sequestro-relâmpago, mas recebemos denúncias anônimas informando sobre um mau cheiro forte em uma área rural da cidade e fomos investigar. Quando chegamos lá, descobrimos o corpo, em estado avançado de decomposição. Agora, nossas investigações focam totalmente para homicídio. Existe um suspeito e tenho certeza que ele participou, o que preciso entender é se ele agiu sozinho ou não.

Uma das amigas mais próximas de Viviany, que pediu para não ser identificada, disse que a movimentação na rede social começou por iniciativa de todos os amigos.

? Não temos certeza de nada, mas sabemos que ele foi o último a estar com ela. Além disso, ela o conhecia havia pelo menos cinco anos e teria aceitado a carona dele depois da festa. A polícia está investigando e não nos repassou os nomes, para não atrapalhar.

Para Vargas, a vítima tentou se defender e houve luta corporal e, por conta disso, pelo menos duas pessoas podem ter participado do assassinato.

? Encontramos pedaços de roupa e cabelo humano espalhados pela área. Esse material está em análise pela perícia.

Em sua página no Facebook, a professora escreveu momentos antes de morrer uma mensagem convidando as amigas para a festa.

? Telefone tocando. Festinha de um amigo na Cidade Ocidental.

E, após listar o nome das amigas, o convite:

? Vamos?

Na última quinta-feira (27), ela postou uma foto com um questionamento.

? Já é pedir demais quando só ser feliz já basta?

O delegado afirmou que a probabilidade de a professora ter sido vítima de abuso sexual também é muito alta.

? Encontramos o corpo dela totalmente pelado, o que indica que ela pode ter sido violentada antes de morrer. O corpo foi periciado e aguardamos os resultados, que devem sair nos próximos 30 dias.

O velório da professora reuniu cerca de 300 pessoas, muitas delas alunos que foram prestar a última homenagem. O enterro ocorreu na tarde desta quinta-feira (4) no Cemitério Metropolitano de Valparaíso (GO), região do Entorno do DF. Viviany deixou uma filha de sete anos. A partir de agora, a criança, que morava com ela, vai ser criada pelo pai e pela avó.

A polícia afirmou que o suspeito de cometer o crime foi intimado a depor, mas não poderá ser preso até que os períodos pré e pós eleitoral terminem. Além disso, o delegado explicou que novos detalhes somente poderão ser repassados quando alguma nova prova concreta for encontrada, para não atrapalhar as investigações.



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