Promotor recorrerá de júri que absorveu Carla Cepollina de morte

Carla Cepollina foi inocentada do assassinato do coronel Ubiratan.

Carla Cepollina durante julgamento no Fórum da Barra Funda. | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O promotor João Carlos Calsavara informou nesta quinta-feira (8) que pedirá um novo julgamento de Carla Cepollina, inocentada nesta quarta-feira (7) no júri que a inocentou pela morte do coronel Ubiratan Guimarães. Na quarta, após o julgamento, ele havia dito que não recorreria da sentença. Nesta quinta, o advogado Vicente Cascione, que representa a família do coronel, disse também que recorrerá da decisão do júri. Segundo Cascione, o objetivo é ?consertar o julgamento? realizado nesta quarta.

?Do mesmo jeito que recorri quando o Ubiratan foi condenado, e depois ele foi absolvido, vou fazer agora?, disse o advogado. Carla Cepollina foi considerada inocente por maioria dos votos após o julgamento realizado no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Os jurados consideraram as provas insuficientes.

O advogado de defesa de Carla, Eugenio Malavasi, afirmou, nesta quinta-feira (8), que irá "contrarazoar" o recurso da acusação caso o pedido seja aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

"Nós vamos observar a lei. Eles irão apresentar suas razões e a defesa vai contrarazoar. Caso o recurso seja aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, poderá haver outro júri e isso pode de arrastar por muito tempo. Não há prazo. Posso também ir a Brasília, junto ao STJ ou STF, para reformar a decisão", disse, em entrevista na tarde desta quinta-feira (8).

Carla Cepollina havia marcado sua presença na entrevista, mas não compareceu, segundo seus advogados, porque estava muito cansada.

O coronel Ubiratan foi achado morto em 10 de setembro de 2006 em seu apartamento, nos Jardins, em São Paulo. Com base na investigação policial, o Ministério Público (MP) acusou Carla de ter atirado no namorado motivada por ciúmes.

Ubiratan foi o comandante da invasão do presídio do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar. O coronel chegou a ser condenado pela Justiça a 632 anos de prisão, mas foi absolvido pelo órgão especial do TJ-SP. À época de sua morte, Ubiratan era deputado estadual.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES