Promotora pede compreensão sobre defesa de Lindemberg

Quando ela tentou sair para almoçar, foi xingada e teve de retorna ao interior do prédio

A advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad | Terra
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A promotora pública Daniela Hashimoto, responsável pela acusação contra Lindemberg Alves Fernandes, que responde pelo cárcere privado e morte da ex-namorada Eloá Pimentel, em outubro de 2008, saiu em defesa da advogada Ana Lúcia Assad, defensora do réu. "Não tive contato com o meio externo, mas peço aos senhores jornalistas que façam chegar à população que o trabalho da advogada faz parte do estado de direito democrático", disse a promotora.

Na tarde de ontem, a defensora foi intimidada por cerca de 200 pessoas que acompanhavam o julgamento na parte externa do Fórum de Santo André. Quando ela tentou sair para almoçar, foi xingada e teve de retorna ao interior do prédio, que só deixou em um carro da polícia. Na noite de ontem, Ana Lúcia chegou a cogitar deixar júri, caso o quadro continuasse.

Segundo a promotora, o povo não pode confundir a pessoa de Ana Lúcia Assad com os fatos que foram provocados pelo réu. "Os cidadãos de bem não podem se igualar às pessoas que cometem crimes e devem prezar pela diversidade de opiniões", afirmou.

O mais longo cárcere de SP

A estudante Eloá Pimentel, 15 anos, morreu em 18 de outubro de 2008, um dia após ser baleada na cabeça e na virilha dentro de seu apartamento, em Santo André, na Grande São Paulo. Os tiros foram disparados quando policiais invadiam o imóvel para tentar libertar a jovem, que passou 101 horas refém do ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo.

Armado e inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg invadiu o local no dia 13 de outubro, rendendo Eloá e três colegas - Nayara Rodrigues da Silva, Victor Lopes de Campos e Iago Vieira de Oliveira. Os dois adolescentes logo foram libertados pelo acusado. Nayara, por sua vez, chegou a deixar o cativeiro no dia 14, mas retornou ao imóvel dois dias depois para tentar negociar com Lindemberg. Entretanto, ao se aproximar do ex-namorado de sua amiga, Nayara foi rendida e voltou a ser feita refém.

Mesmo com o aparente cansaço de Lindemberg, indicando uma possível rendição, no final da tarde no dia 17 a polícia invadiu o apartamento, supostamente após ouvir um disparo no interior do imóvel. Antes de ser dominado, segundo a polícia, Lindemberg teve tempo de atirar contra as reféns, matando Eloá e ferindo Nayara no rosto. A Justiça decidiu levá-lo a júri popular.



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