“Quando a bomba explodiu desmaiei”; relata passageira de ônibus atacado no Rio

De acordo com seu relato, ao entrar no ônibus, inicialmente sentou-se perto da porta de desembarque, mas antes de o veículo partir, decidiu mudar de lugar

Vítima de ataque a ônibus no Rio de Janeiro | Arquivo pessoal
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Elaine de Souza Ivo, de 35 anos, foi uma das vítimas do ataque com granada a um ônibus, no Rio de Janeiro. Na noite desta quarta-feira (27), na altura de Costa Barros, bairro na zona Norte da cidade, uma bomba artesanal foi lançada dentro do veículo na parte de trás do banco onde ela estava sentada. 

Elaine, que foi atendida no Hospital Municipal Albert Schweitzer em Realengo, recebeu alta durante a madrugada. No entanto, ao retornar para casa, ela enfrentou dificuldades para dormir. Além dela, outras duas pessoas ficaram feridas no ataque: Eduardo Vieira Pontes, de 61 anos, foi levado para a unidade de saúde em estado grave, enquanto Luís Silva, de 65 anos, também está sendo tratado no mesmo hospital. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, ambos estão em estado estável.

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— Estou sentindo muita dor nas costas, muita dor de cabeça, além da queimadura nos braços. Quando (a bomba) explodiu, eu não desmaiei. Só senti que o sangue estava escorrendo, pensei que era tiro, mas depois que fui ver que era bomba — disse .

De acordo com seu relato, ao entrar no ônibus, inicialmente sentou-se perto da porta de desembarque, mas antes de o veículo partir, decidiu mudar-se para o primeiro banco atrás do motorista. Enquanto ouvia uma oração em seus fones de ouvido, foi interrompida por gritos vindos tanto de dentro como de fora do coletivo. Segundo ela, criminosos armados cercaram o ônibus e ordenaram que o motorista parasse, enquanto, no interior do veículo, passageiros tentaram impedir que eles entrassem, mas sem sucesso.

— Quando abri o olho, vi um monte de homem do lado do ônibus. Quando vi que um deles estava querendo jogar uma coisa no ônibus, me abaixei. Essa coisa caiu entre meu banco e o do senhor atrás de mim, e explodiu — lembra Elaine, ainda com as cenas daquela noite recentes em sua cabeça. — Falaram que quando a polícia chegou, teve troca de tiro. Mas eu não estava ouvindo bem, por causa da bomba.

De acordo com Elaine, a oração que ouvia a protegeu:

— Tenho certeza. Os policiais falaram para a gente que poderia ter sido pior. O banco protegeu as minhas costas.

Os criminosos também roubaram pertences de alguns passageiros. O celular de Elaine escapou do furto porque ela o escondeu em suas roupas.

De acordo com a telefonista, atravessar a Avenida Brasil é sempre associado a perigo. Além dos assaltos a ônibus, ela já testemunhou tiroteios e perseguições. Atualmente em licença médica para tratar dos ferimentos, ela está indecisa sobre retornar a atravessar aquela via diariamente.

"Estou apreensiva em relação a voltar a passar por lá, mas não tenho alternativa.Não sei o que vou fazer, mas não estou pronta",conclui.

(Com informações do portal Extra)



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