Laudo confirma presença de um sedativo em corpo de Bernardo

Segundo a bula, o midazolam é um medicamento de curta ação para pré-medicação, sedação, indução e manutenção da anestesia.

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Bernardo | Divulgação
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A polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira que um dos laudos periciais apontou para a presença de um sedativo - a substância midazolan - no corpo de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, encontrado morto dez dias depois de ter desaparecido. "Foi encontrada a substância midazolan, mas não podemos dizer em que parte do corpo", disse a delegada de Três Passos, Caroline Bamberg Machado.

Segundo a bula, o midazolam é um medicamento de curta ação para pré-medicação, sedação, indução e manutenção da anestesia. O laudo, no entanto, não informa a quantidade que havia no menino. A delegada também reforçou que os dados pericias mostraram que Bernardo não foi enterrado vivo. "Esses dois laudos são os mais importantes", ressaltou. "Aguardamos o laudo técnico. Nós estamos em três delegados e esperamos concluir (o inquérito) no prazo legal", completou a delegada regional Cristiane Moura.

O pai do menino, o médico Leandro Boldrini, a madrastra, a enfermeira Graciele Ugulini, e uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, estão presos desde a noite em que foi encontrado o corpo por suspeita pela morte de Bernardo. A investigação mantém também a possibilidade de uma quarta pessoa estar envolvida no assassinato. "Em todas as coletivas, ressaltei que estamos individualizando os crimes, mas nós temos certeza que os três participaram", avisou Caroline.

Ela descartou na coletiva que o depoimento de Edelvânia seja anulado. "O depoimento da amiga da madrasta não pode ser anulado, porque foi feito dentro das normas da lei", destacou. A investigação mantém também a possibilidade de uma quarta pessoa estar envolvida no assassinato. "Nós não podemos descartas nada até o fim do inquérito", afirmou.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos (RS), depois de ? segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo. O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen (RS), dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico.

Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime. Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal. Os três se encontram temporariamente presos.



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