Seguranças dizem que só revidaram agressões de cantor

Um dos suspeitos afirmou que levou soco e mordida de cantor agredido

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Os dois seguranças suspeitos de agredir o cantor David Alvarez na boate Fosfobox, em Copacabana, Zona Sul do Rio, prestaram depoimento nesta sexta-feira (4), na 12ª DP (Copacabana), e negaram ter agredido a vítima.

Ademir Modesto Souza, 26 anos, que aparece dando socos em David nas imagens gravadas em circuito interno da boate, disse que apenas reagiu às agressões. No depoimento, ele contou que alertou um amigo do cantor que estava fumando em área proibida, mas David teria tomado o cigarro dizendo não iria apagá-lo e que era amigo do dono da boate.

O segurança afirmou que, ao tentar tirar David da boate, foi agredido com um soco na testa e que revidou para se defender. Depois disso, disse que tentou imobilizar o cantor, mas levou uma mordida no peito, revidando novamente.

O outro segurança, Wanderlei Modesto Souza, 26 anos, que é primo de Ademir, disse que apenas tentou apartar a briga quando viu um grupo tentando agredir o colega de trabalho. Ele repetiu a versão de Ademir de que David pegou o cigarro de um amigo que estava fumando e se recusou a apagá-lo.

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Os dois seguranças, contratados pela Decimus, revelaram que não fizeram nenhum curso de formação para para se habilitar para o emprego. Eles informaram que trabalhavam como frentista, estavam desempregados e recebiam R$ 50 por noite de serviço na Fosfobox.

Versão X imagens

O delegado Alexandre Guedes, que conduz o inquérito, informou que a versão dos seguranças não condiz com as imagens da agressão. ?Não nos parece que houve essa agressão anterior. Mas essa é a defesa deles?, afirmou o delegado, que considerou os dois suspeitos mal preparados para exercer a função.

Segundo o delegado, ainda falta o resultado do exame complementar em David para que ele decida se os dois seguranças vão ser indiciados por lesão corporal leve, grave ou gravíssima.

O dono da Decimus, Francesco Novelo Neto, também prestou depoimento e entregou a documentação da empresa. A investigação para saber se a firma está atuando regularmente caberá à Polícia Federal.

A agressão

O crime aconteceu na madrugada de terça (1º). O cantor conta que foi abordado e agredido por um segurança porque estava fumando em local proibido, e colocado para fora da boate. Ainda segundo ele, amigos e policiais militares o socorreram e o levaram para a delegacia.

O caso foi registrado como lesão corporal. A vítima e testemunhas que o acompanhavam já foram ouvidas pela polícia. O cantor também passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).

Dono de boate quer processar segurança

Na terça (1°), o dono da boate, Cabbet Araújo, disse que pretende processar a empresa de segurança. O empresário disse que viu as imagens da câmera do circuito interno e confirmou que houve a agressão. Ele também afirmou que vai prestar assistência ao cantor.

Já a empresa Decimus Vigilância Patrimonial, contratada para fazer a segurança da boate, informou que não vai se pronunciar sobre o caso.



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