Sequestrada por falsos policiais foi escolhida pelo Facebook, diz polícia

Vítima foi abordada em lanchonete na Zona Leste. Para polícia, perfil da vítima foi pesquisado nas redes sociais.

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A comerciante sequestrada por falsos policiais civis, na madrugada desta sexta-feira (18), na Zona Leste de São Paulo, foi ameaça de morte e torturada pelos criminosos com uma arma de choques. A vítima foi escolhida através do Facebook após os criminosos olharem seu perfil na internet e achar que ela tinha dinheiro, segundo a polícia.

A mulher de 35 anos, que é dona de uma lanchonete, foi levada do estabelecimento por quatro homens que a prenderam alegando falta de alvará de funcionamento. Como a comerciante não estava com o documento, os falsos investigadores disseram que ela seria levada para a delegacia. Os clientes da lanchonete foram expulsos pelos criminosos e as portas do local, fechadas.

Dois dos sequestradores usavam coletes e distintivos falsos da Polícia Civil. Um deles ainda tinha uma camisa por baixo do colete com o brasão do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O carro usado pelos criminosos, um Fiat Siena, tinha vidros escuros e um giroflex. Eles usavam coletes e distintivos iguais aos da Polícia Civil. A vítima disse à polícia que, dentro do carro, os quatro homens foram violentos.

Os criminosos circularam por vários bairros e durante o trajeto exigiram dinheiro da vítima, sem estipular valor. Eles queriam saber que bens a vítima e sua família possuíam. Como a comerciante negou a existência de bens materiais, os homens disseram que iriam colocar drogas em seus pertences, e que ela seria presa quando chegasse ao Deic.

Na Marginal Pinheiros, o motorista parou o carro e outro veículo vermelho se aproximou. Um homem desceu do segundo carro e entrou no Siena com a máquina de choque e começou a aplicar diversas descargas elétricas na vítima. Como a comerciante manteve a versão de que não tinha dinheiro, os criminosos revelaram que não eram policiais e que iriam sequestrá-la para pedir resgate à família.

Próximo a uma favela da Vila Leopoldina, na Zona Oeste, policiais militares desconfiaram do veículo em que a vítima estava, que tinha várias perfurações de tiros, e começaram a persegui-lo. Durante a fuga, os criminosos passaram a atirar pela janela do carro as armas, coletes e algemas de plástico.

Segundo relato da comerciante, um dos integrantes da quadrilha tentou atirar em outros carros que passavam pela Marginal Pinheiros para facilitar a fuga do grupo, mas a arma travou.

A PM conseguiu interceptar os criminosos no acesso da ponte João Dias, na região do Morumbi, na Zona Sul, após 15 km de perseguição. Eles percorreram a maior parte do trajeto na Marginal Pinheiros. Os criminosos foram indiciados por formação de quadrilha, extorsão mediante sequestro e tortura. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial, no Ceasa.

Internet

Os criminosos procuravam na internet o perfil da vítima. No carro foram encontrados diversos papéis com o perfil da comerciante e de parentes dela. Havia, inclusive, mandados de prisão e de busca e apreensão para vistoriar a residência e lanchonete da comerciante com a alegação de que ela teria furtado joias de uma juíza. A polícia investiga se os documentos são falsos.



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