Suspeito de morte tem problemas com drogas

O suspeito de assassinar Glauco e Raoni tentou fugir para o Paraguai

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Acusado de matar Glauco | Divulgação
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O suspeito de matar o cartunista Glauco e seu filho Raoni, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, sofreria de graves problemas com drogas, diz o advogado Gustavo Badaró. O suspeito de assassinar Glauco e Raoni tentou fugir para o Paraguai e foi preso após duas trocas de tiros com policiais federais.

O delegado que comanda a investigação em Osasco, na Grande São Paulo, vai até Foz do Iguaçu, no Paraná, ouvir o depoimento do suspeito. O jovem de 24 anos foi preso na Ponte da Amizade, quando tentava cruzar a fronteira do Brasil com o Paraguai. Na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Carlos Eduardo confessou ter matado Glauco e Raoni.

Na noite desta segunda-feira (15), o advogado de Carlos Eduardo, Gustavo Badaró, disse que o jovem enfrentava problemas com as drogas e estava com comportamento muito alterado nos últimos tempos.

"Teve dia que o pai dele chegou em casa e ele estava ajoelhado para as plantas: "eu sou Jesus, você é Maria, e as plantinhas são Deus", coisas assim, fora de propósito. Foi ai que ele falou: "agora eu vou te internar, eu vou te internar", ele falou: "não, pelo amor de Deus, pai, não me interna, eu vou sair dessa, não quero ficar igual minha mãe", e o pai amoleceu o coração, não internou", afirma o advogado.

A polícia espera apenas o depoimento de Carlos Eduardo para indiciar o jovem que o acompanhou na noite dos crimes. Felipe de Oliveira Iasi disse que Carlos Eduardo o ameaçou com uma arma e o obrigou a levá-lo de carro até a chácara de Glauco e disse ainda que fugiu antes dos disparos.

Mas uma das testemunhas contesta essa versão e diz que o acompanhante só fugiu depois que Cadu matou as vítimas. "Aquele rapaz que estava junto com ele, que é o segundo que estava junto com ele, fugiu junto com ele. Eu escutei do banheiro das mulheres, que fica do lado de onde estava, o carro. Quando eu vi o barulho deles andando na brita os dois fugiram juntos no carro", afirma João Pedro, amigo de Raoni.

"Ele alega que viu um vulto, que seria esse indivíduo, Felipe, e a outra pessoa ele não tem condição de reconhecer, mas ele viu um vulto lá, durante os disparos", afirma o delegado Archimedes Veras.

A viúva de Glauco, Beatriz Villas Boas, que também depôs à polícia, confirma que Felipe foi embora junto com Cadu. "Naquele momento se ele fosse um cara que tivesse sido rendido, ele também podia ter fugido. Na hora do crime, ele podia ter corrido, mas não, esperou o Cadu e o levou embora", declara Beatriz.

Os investigadores vão comparar o que Felipe de Oliveira Iasi disse sobre o percurso feito na noite dos crimes com as informações do GPS do carro usado pra ir até a chácara. A polícia diz ainda que pode fazer uma acareação entre as testemunhas e os envolvidos nos assassinatos.

Depois de matar Glauco e Raoni, Carlos Eduardo ficou escondido por dois dias. Com a mesma arma dos assassinatos, roubou um carro em São Paulo e feriu um policial em Foz do Iguaçu, quando tentava fugir.

"Ele, no mínimo, vai responder por três crimes: duplo homicídio e roubo ao veículo, em São Paulo, além da tentativa de homicídio e outros crimes que o delegado pode ter apurado em Foz do Iguaçu", diz o delegado.



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