Suspeito de matar menina encontrada em canal compartilhou desaparecimento no Facebook

O homem apontato pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como o suspeito da morte da estudante Beatriz Cardoso da Rocha Oliveira, de 17 anos, usou o próprio perfil no Facebook para compartilhar uma publicação que noticiava o desaparecimento dela. O corpo da adolescente foi encontrado, na manhã desta sexta-feira, dentro de um canal em Oswaldo Cruz, na Zona Norte da cidade. Rafael Valladão teve a prisão decretada pela Justiça e está foragido.

Na postagem, publicada originalmente por um parente de Beatriz no dia 1ª de abril, Rafael não faz nenhum tipo de comentário. No sepultamento do corpo da adolescente, familiares não souberam comentar sobre a relação dos dois.

— Ainda não sabemos de nada, estamos confusos com a situação. Mas quero que façam com a pessoa que tirou a vida da minha filha a mesma coisa que fizeram com ela. Era uma menina muito bem criada e muito bem orientada - disse, durante o enterro, o pai de Beatriz, Reginaldo Rodrigues, de 53 anos.

De acordo com a polícia, agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) realizam diligências para caputrar Rafael. Quem tiver informações sobre ele pode entrar em contato com a DDPA (21 2202-0338) ou com o Disque Denúncia (21 2253-1177).

A jovem desapareceu no último dia 31 de março, quando saiu de casa em Pilares, também na Zona Norte, para ir à academia, por volta das 20h. Segundo investigações da Polícia Civil, Bia teria sido vista entrando num Renault Clio prata, ainda na esquina da rua onde a família mora.

A família foi avisada do corpo encontrado no canal por agentes da Divisão de Homicídios (DH), na tarde de quinta-feira. A mãe, a enfermeira Suely Cardoso da Rocha Oliveira, reconheceu o corpo por fotos e saiu aos prantos do Instituto Médico-Legal (IML), sendo logo consolada por parentes.

— Vocês não podem imaginar a dor que eu estou sentindo. Minha filha é vítima de um crime e eu quero que o culpado seja punido severamente. Quero que ela, ele ou eles paguem pelo que fizeram. Minha filha era dócil, mas muito voluntariosa. Ela defendia com muito rigor as opiniões dela. Quero justiça — afirmou, emocionada, na ocasião.

Logo após o desaparecimento de Beatriz, o perfil dela no Facebook foi apagado. Um primo dela conseguiu recuperar a conta: “Depois de uma certa dificuldade recuperei o Facebook dela que foi misteriosamente desativado”.