PC Farias: Suzana comprou revólver às vésperas de crime por R$ 350

A arma, segundo a defesa, teria sido usada por Suzana para matar o empresário Paulo César Farias e se suicidar,

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A empresária Mônica Aparecida Rodrigues Calheiros confirmou, em depoimento nesta terça-feira (7), que vendeu um revólver à Suzana Marcolino. A arma, segundo a defesa, teria sido usada por Suzana para matar o empresário Paulo César Farias e se suicidar, no dia 23 de junho de 1996, na casa de praia de Guaxuma, litoral norte de Maceió. O depoimento ocorreu durante o julgamento de quatro PMs acusados por omissão no caso da morte de PC Farias e Suzana. O júri começou na segunda-feira (6).

Segundo Calheiros, a venda da arma foi feita em meados de junho, na churascaria de propriedade de sua família, em Atalaia (a 48 km de Maceió). "Eu não lembro detalhes, mas Zélia [Maria Maciel, prima de Suzana Marcolino] era nossa cliente, frequentava a churrascaria e chegou lá e perguntou se tinha uma arma. Primeiro, ela disse que era para segurança da mãe dela, e depois disse que era para Suzana praticar tiro a alvo", disse.

Zélia foi uma das testemunhas de defesa convocadas, mas não compareceu ao fórum do Barro Duro. O juiz Maurício Brêda expediu um mandado de condução coercitiva, com uso de força policial, se necessário, para que a testemunha preste depoimento.

A empresária Mônica Calheiros confirmou ainda que, em seguida, fechou a negociação. "Quando ela perguntou, eu lembrei que tinha uma arma que tinha ganho do meu marido, para ficar aqui na churrascaria. Naquela época, com a crise na Polícia Militar, era fácil comprar armas. Para mim, o revólver não tinha utilidade, aí ela disse que poderia vender. Vendi por R$ 350 e, pelo que me recordo, ela pagou com um cheque", afirmou.

Segundo o ex-deputado federal Augusto Farias, irmão de PC Farias, o cheque utilizado para pagar a arma era da conta de Paulo César Farias. "Ele que pagou pela arma que serviu para matá-lo. A conta ficou sem fundos, e tivemos que cobrir", disse, mais cedo, em depoimento.

Calheiros ainda disse que, no dia do assassinato, recebeu uma ligação de Zélia para que "não contasse á polícia sobre a venda da arma."

Tiros

Além de vender a arma, a empresária Mônica Calheiros também confessou que deixou Suzana testar a arma no local. "Ela insistiu muito para atirar, e eu resisti. Depois ela perguntou o que tinha atrás da churrascaria, e disse que tinha uns coqueiros e barreiras. E ela foi lá e fez os disparos", disse.

A empresária citou que, por conta da fama da churrascaria criada pelo episódio, o empreendimento que mantinha foi à falência. "Minha churrascaria fechou por conta desse noticiário. No interior, todo mundo se conhece. Era uma churrascaria de família", afirmou.

O marido da testemunha, José Jeferson Calheiros de Medeiros, também prestou depoimento e confirmou que comprou a arma a um homem, na cidade de Atalaia, por R$ 300, e repassou a mulher.

"Eu só soube que ela tinha vendido a arma depois e inclusive a questionei, porque a arma eu dei a ela para ficar na churrascaria", afirmou.

O advogado de defesa dos réus, José Fragoso Cavalcanti, chegou a apresentar cópia do cheque que consta no processo, para que Medeiros, confirmasse a autenticidade, e ele afirmou que "acreditava" ser aquele documento.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES