Terceiro acusado de assassinar menino boliviano é achado morto

Em 30 de agosto, dois homens foram achados mortos na cadeia.

Tereceiro acusado de assassinar menino boliviano é achado morto | Reprodução
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A polícia confirmou nesta terça-feira (10) a morte de Wesley Soares Pedroso, de 19 anos, um dos suspeitos de assaltar a família do garoto boliviano Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, assassinado com um tiro na cabeça em junho na Zona Leste de São Paulo, informou o SPTV. Outros dois suspeitos do crime foram achados mortos na prisão no fim do mês passado.

O corpo de Wesley Pedroso foi encontrado com marcas de tiros em 7 julho, mas só nesta terça foi identificado pelos peritos. Diego Campos da Rocha, de 20 anos, acusado de atirar em Brayan, continua foragido.

O garoto Brayan foi assassinado na madrugada de 28 de junho na região de São Mateus. Depois do crime, três suspeitos foram detidos: um adolescente, Paulo Ricardo Martins, de 19 anos, e Felipe dos Santos Lima, de 18 anos. Martins e Lima foram encontrados mortos em 30 de agosto no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André, no ABC, onde aguardavam julgamento. Eles tinham chegado à unidade havia quatro dias.

De acordo com integrante da administração estadual ouvido pelo G1, a dupla foi vítima de envenenamento. Eles foram obrigados a tomar uma mistura de cocaína, viagra e álcool, que teria causado a morte quase imediata dos presidiários.

A dupla não estava em ala reservada, porque suspostamente não havia ameaça contra eles. O crime ocorreu em um pátio da unidade. A secretaria diz que outros presos solicitaram atendimento de urgência. A SAP informa que imediatamente os agentes de segurança penitenciária os levaram à enfermaria da unidade penal, onde já chegaram sem vida.

A Secretaria da Administração Penitenciária informou que o caso será apurado pela Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário. Foi instaurado Procedimento Apuratório Preliminar, para apontar a causa da morte e elas serão comunicadas Vara de Execução Criminal, à Polícia Civil e à perícia.

O assassinato de Brayan

No dia do crime, os cinco criminosos usavam máscaras para não ser identificados e estavam armados com revólveres e facas. O grupo rendeu o tio da vítima que chegava com o carro na garagem. De acordo com as vítimas, os bandidos eram brasileiros.

Os pais contaram ter dado R$ 3,5 mil aos assaltantes, mas eles exigiam mais. Em seguida, o tio entregou R$ 1 mil à quadrilha, que não se deu por satisfeita e passou a ameaçar matar Brayan com uma faca caso não recebesse mais dinheiro.

A mãe, Veronica Capcha Mamani, de 24 anos, relatou que abriu a carteira vazia. "Não tinha mais nada", disse ela, que está há seis meses no Brasil, depois de vir com o marido e filho da Bolívia.

A costureira disse ainda que segurou o menino no colo durante o assalto, se ajoelhou e implorou que os criminosos não matassem a criança. Porém, assustado com a situação, o garoto chorava muito, o que irritou os bandidos. Ela relatou que o criminoso gritava para o menino "parar de chorar" e não chamar a atenção dos vizinhos. Irritado com o choro da criança, um dos criminosos atirou na cabeça do menino.



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