Tio depõe e diz que sobrinho admitiu participação em crimes

Ex-porteiro assumiu crime e está preso em Brasília

Suspeito está preso em Montalvânia (MG) | Reprodução
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A delegada Débora Menezes, titular da 8ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, recebeu nesta quinta-feira (18) o depoimento de um tio de Paulo Cardoso Santana, que está preso em Montalvânia (MG), acusado de participação do triplo assassinato ocorrido em agosto de 2009, em Brasília. Agentes da polícia do DF vão ouvir o depoimento do suspeito ainda nesta quinta-feira.

De acordo com a polícia, em depoimento, o tio disse que ouviu do sobrinho a confissão da co-autoria no crime com detalhes que coincidem com os depoimentos do ex-porteiro Leonardo Campos Alves, que foi preso em Minas Gerais, confessou o crime, e está preso em Brasília.

O ex-porteiro assumiu nesta quarta-feira (17) ter matado o ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Villela, e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva. Em entrevista dada pouco antes de depor à Polícia Civil do Distrito Federal na tarde desta quarta, Alves disse que cometeu o crime por ter sido"destratado" pelo ex-ministro ao pedir emprego a ele.

Alves foi preso em Montalvânia na última segunda-feira (15) e chegou a Brasília nesta quarta. Segundo a polícia, o ex-porteiro confessou em depoimento a participação no triplo assassinato.

O porteiro afirmou que o ex-ministro foi o primeiro a ser morto, logo após chegar ao apartamento. Alvez disse que o crime foi praticado com a ajuda de um sobrinho. A mulher de Villela chegou ao apartamento depois do marido e, apesar de entregar cerca de R$ 500 e US$ 27 mil, segundo Alves, foi morta por ele e o sobrinho.

Alves disse que a morte da empregada foi "ainda mais fatalidade", porque ela chegou ao apartamento quando a dupla já estava deixando o local. A prisão do porteiro foi decretada após a polícia descobrir o envolvimento dele nos assassinatos enquanto investigava outro crime ocorrido no Distrito Federal.

Indiciada pela morte dos pais e da empregada da família, a filha do casal Adriana Vilela disse nesta terça-feira (16) que a Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) sempre teve fartas informações que provariam a inocência dela.

Ela chegou a ser presa pela polícia, e sempre negou participação no triplo assassinato. Adriana disse que os delegados foram "irresponsáveis" e espera que seja feita Justiça.

Caso

O ex-ministro foi encontrado morto com a esposa e a empregada doméstica no dia 31 de agosto de 2009. O caso ficou conhecido como o ?o crime da 113 Sul?, em referência ao endereço em que o ex-ministro morava, uma área nobre de Brasília. No início das investigações, a polícia chegou a afirmar que o suspeito do crime era ?conhecido e ligado à família?.

Os corpos foram encontrados em estado de decomposição. Uma neta do casal afirmou à polícia que os avós não teriam aparecido na sexta-feira anterior à descoberta dos corpos ao escritório de advocacia que Villela mantinha em Brasília.

Mineiro da cidade de Manhuaçu, Villela tinha 73 anos. Chegou a Brasília nos anos 60. Atuou como procurador do Tribunal de Contas do Distrito Federal e, na década de 80, como ministro do TSE. Como advogado, atuou no caso Collor em 1992 e, mais recentemente, no processo do mensalão.



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