Tráfico: Militares vão a júri popular no Rio

Vítimas foram torturadas e mortas por criminosos rivais de morro onde moravam

Avalie a matéria:
Acusados de envolvimento com o tráfico | R7
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Dois militares acusados de entregarem três rapazes do morro da Providência, no Centro do Rio de Janeiro, a traficantes do morro da Mineira, favela dominada por uma facção criminosa rival, vão ser julgados pelo Tribunal do Júri, por determinação da Justiça Federal. Vinícius Guidetti de Moraes Andrade e Leandro Maia Bueno, que estão presos desde 2008, quando ocorreram os crimes. Eles tiveram a prisão mantida pelo juiz Erik Navarro Wolkart, da 7ª Vara Federal Criminal.

Os demais nove militares que participaram da ação não serão julgados pelos crimes por falta de provas. Andrade e Bueno são acusados de triplo homicídio doloso (com intenção) qualificado e por motivo torpe (repugnante). De acordo com o processo, eles entregaram Wellington Gonzaga da Costa Ferreira, David Wilson Florenço da Silva e Marcos Paulo Rodrigues Campos aos criminosos. Eles foram amarrados, espancados, torturados e mortos.

Os dois militares vão responder pelos crimes porque, para o juiz, conheciam o risco que os jovens corriam de morrer nas mãos dos criminosos e o fizeram para se vingar de um suposto desacato aos militares.

Para o juiz, os crimes foram cometidos de forma a impossibilitar ou ao menos dificultar a defesa das vítimas, já que eles foram rendidos por vários militares armados e depois entregues a traficantes também portando armas.

Na época, em depoimento à Justiça, Andrade declarou que queria somente dar um susto nos rapazes , mas, segundo o juiz, chegou a ver as vítimas apanhando de seis traficantes e nada fez.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES