Uma década do assassinato de Mc Daleste; caso segue sem resposta

As investigações do caso do funkeiro foram oficialmente encerradas em junho de 2016, sem que nenhuma prova conclusiva fosse encontrada.

O caso segue sem resposta | Reprodução
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Faz uma década que Daniel Pedreira Sena Pellegrini, conhecido como MC Daleste, foi baleado durante sua apresentação para aproximadamente 5 mil pessoas em Campinas (SP). O primeiro tiro o atingiu superficialmente no braço. O segundo, no tórax, foi fatal, resultando em sua morte aos 20 anos, na madrugada de 7 de julho de 2013. As repercussões e especulações em torno do assassinato, continuam a intrigar a família, a polícia, o Ministério Público e os fãs do cantor, mesmo após dez anos do crime.

As investigações do caso do funkeiro foram oficialmente encerradas em junho de 2016, sem que nenhuma prova conclusiva fosse encontrada. No entanto, em agosto do mesmo ano, o Ministério Público solicitou a reabertura do caso após receber conversas, fornecidas pela advogada da família de Daleste na época, Patrícia Vega, entre membros da equipe do cantor que revelavam o verdadeiro motivo por trás do crime.

Áudios revelam que a principal suspeita da motivação do crime é de fato a vítima, indicando que ele havia se envolvido com a esposa de um traficante. Em um dos trechos dos áudios, pode-se ouvir: "Todas as amigas da menina sabem que o Daleste ia lá e ficava com ela. E aí o traficante foi, se apaixonou por ela. Tirou ela da zona, deu casa, deu carro, deu tudo. Só que o Daleste continuou conversando com ela escondido".

O promotor do caso, Ricardo Silvares, informo que essa suspeita principal já existia e foi reforçada pelos áudios. No entanto, ele ressalta que as gravações por si só não são provas suficientes. Segundo ele, eram informações baseadas em rumores. Por essa razão, as investigações foram encerradas mais uma vez.

Silvares, que acompanhou de perto o trabalho da polícia, relata que os investigadores de Campinas chegaram a conversar com a mulher mencionada nos áudios, bem como com o marido dela, que era foragido na época, mas não conseguiram obter provas concretas do crime.

O promotor afirma que não é necessariamente a pessoa que disparou a arma que tinha o interesse de matar MC Daleste. Pode ter sido contratado para o crime. Ele também acredita que o atirador era um profissional experiente, dado que o tiro foi realizado a uma distância de cerca de 150 metros, supostamente com um fuzil. A munição utilizada nunca foi encontrada e qualquer vestígio do assassino foi apagado.

Após enviar os áudios para o Ministério Público, a advogada decidiu abandonar o caso. Quando questionada pela reportagem, ela se limitou a dizer que "não houve motivação específica".

Com o crime ainda sem solução e sem respostas, a família e os fãs de MC Daleste continuam frustrados. O pai do funkeiro, Rolland Pellegrini, ainda utiliza uma foto em que está com o filho mais novo como perfil no WhatsApp, mantendo a memória de MC Daleste viva.



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