Utilização de bodycams vai ajudar a elucidar crimes e prevenir maus-tratos

Cerca de 6 mil agentes, o que corrresponde a metade do efetivo da corporação, deverão a utilizar as bodycams.

Utilização de bodycams pela PRF deve começar a partir do próximo ano | Rovena Rosa/Agência Brasil
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A partir do próximo ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) planeja implementar câmeras corporais nos uniformes de seus agentes. Esses equipamentos podem ajudar a elucidar as circunstâncias da morte de Anne Caroline Nascimento Silva, ocorrido durante uma ação da PRF na Rodovia Washington Luiz no último sábado. A previsão é que a licitação para a compra dos equipamentos seja realizada somente no mês de 2024. 

De acordo com estudos de um grupo de trabalho da PRF, cerca de 6 mil agentes, o que corrresponde a metade do efetivo da corporação, deverão a utilizar as bodycams. Tal projeto de implementação das câmeras corporais na PRF deve atuar como um piloto no governo federal, uma vez que nenhuma das forças federais adotou as bodycams até o momento. Após a utilização pelos policiais rodoviários, está previsto que esses equipamentos também sejam adotados no Sistema Penitenciário Federal, com o objetivo de prevenir maus-tratos aos detentos e que muitas vezes não se tem conhecimento por falta de provas.

Partiu do ministro da Justiça, Flávio Dino, a iniciativa de escolher a PRF para começar tal projeto diante do aumento da letalidade em ações da corporação durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para se ter uyma ideia, apenas no Rio de Janeiro, cerca de 40 pessoas perderam a vida em ações da PRF durante os primeiros seis meses de 2022, conforme levantamento feitotendo por base os dados adquiridos através da Lei de Acesso à Informação. 

Vale ressaltar que tal número é maior do que o resultado dos três anos anteriores. Ainda em 2022, ocorreu o caso de Genivaldo Santos em Sergipe, onde ele foi trancado por três agentes dentro do porta-malas de uma viatura da PRF e forçado, sendo obrigado a inalar gás lacrimogêneo, resultando em sua morte.

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Para finalizar, em maio deste ano, um ano após o incidente, o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando, chegou a pedir oficialmente desculpas à família da vítima em nome da corporação. Além da implantação de câmeras corporais, a PRF estabeleceu ainda uma Coordenação-Geral de Direitos Humanos, chegando a anunciar que cursos obrigatórios sobre o tema serão ministrados aos agentes federais.



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