Vereador é preso por envolvimento em organização criminosa no Maranhão

A atividade ilegal da organização criminosa, vinculada a crimes cibernéticos, é realizada há mais de uma década

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Polícia Civil do Maranhão prendeu vereador de Daninópolis | Divulgação/PC MA
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Um vereador do município de Davinópolis, no Maranhão, foi preso pela Polícia Civil do Estado (PC-MA) suspeito de participar de uma organização criminosa responsável por prejuízos avaliados em até R$ 4 milhões a uma instituição financeira. 

De acordo com a PC-MA, o vereador, que não teve o nome revelado, é suspeito de indicar pessoas para receberem, em suas contas bancárias, valores de origem ilegal, desviados das contas bancárias de outras pessoas.

Além das indicações feitas à organização criminosa, o suspeito mantinha ligações com um casal da cidade de Goiânia, suspeitos de envolvimento no mesmo esquema de fraude a um sistema bancário digital.

Polícia Civil do Maranhão prendeu vereador de Daninópolis | FOTO: Reprodução

Investigações

O pedido de prisão do vereador foi realizado pelo Núcleo Especial de Combate à Crimes Cibernéticos (Ncyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A detenção é um dos desdobramentos da Operação ‘Testa de Ferro’, realizada em colaboração com a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF).

Segundo a PC-MA, a atividade ilegal desta organização criminosa, vinculada a crimes cibernéticos, é realizada há mais de uma década, com atuações em estados da região centro-oeste e no estado do Pará. O vereador foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, em Imperatriz, onde deve aguardar os devidos procedimentos legais.

Atuação da organização

As investigações começaram em 2019, quando a PCDF efetuou a prisão de indivíduos que realizavam saques, transferências e conversão de moeda nacional em dólar em uma agência bancária. Descobriu-se que essas pessoas eram a base da pirâmide da organização, que emprestavam suas contas para serem beneficiadas com o dinheiro do furto. Em um segundo patamar, havia os recrutadores de conta bancária e, acima deles, os gerentes de operações.

O dinheiro dos furtos era transferido para contas dos beneficiários. Assim que os valores ingressavam nessas contas, os gerentes de operações transportavam os beneficiários até caixas eletrônicos e lá determinavam quais operações bancárias seriam realizadas. Segundo o MPDFT, por vezes, essas pessoas possuíam máquinas de cartões de crédito fantasmas para realizar compras simuladas nos cartões desses beneficiários.

Seguindo o rastro do dinheiro, o MPDFT e a PCDF chegaram aos suspeitos de liderar a organização. Em 2015, eles já haviam sido alvos da PCDF na operação Safira, que apurou fraudes contra correntistas de um banco, com prejuízo de mais de R$ 40 milhões. Eles permaneciam em liberdade e continuavam aplicando golpes. 



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