Vereador é suspeito de vender carteira de habilitação

Ao ser procurado, vereador correu e tentou se esconder

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Um vereador do PMDB de Treviso, interior de Santa Catarina, foi flagrado vendendo carteira de habilitação.

O homem é Eduardo Pereira, conhecido por ?Latinha?. Ele é vereador da cidade catarinense de Treviso e dono de uma autoescola em Siderópolis, município vizinho.

Latinha é suspeito de fazer parte de um esquema que vende aprovação nos exames exigidos para tirar carteira de habilitação. Sem saber que está sendo gravado, ele garante o documento, mas impõe uma condição. ?Na verdade, nada tem problema. Só o psicotécnico que a gente não tem acesso porque é particular. A legislação e a prova prática a gente resolve depois?, diz ele.

Por lei, uma pessoa tem que morar no estado onde vai tirar a habilitação. Para burlar a legislação, Latinha propõe aos candidatos, especialmente aos gaúchos, outra fraude: forjar o comprovante de residência. ?A gente vai ali, faz a declaração que ele mora ali e pronto! Está tudo certo?.

Latinha não age sozinho. No município gaúcho de Torres, na divisa com Santa Catarina, um homem se apresenta como intermediário da fraude. Conhecido por Jefferson, ele leva motoristas reprovados no Rio Grande do Sul para tirar carteira em Siderópolis. ?Vale à pena fazer. Teve uma mulher que rodou umas dez vez em Torres, gastou mais de R$ 3 mil. Aí foi lá (em Siderópolis) e fez?, conta.

O intermediário diz que não é necessário fazer prova prática para comprar a carteira. ?Não tem prova de direção e a escrita faz alguma coisa, mas é assim, ele dá o gabarito antes, tudo certinho?.

Vereador correu

Depois dos flagrantes, o Jornal da Globo tentou conversar com Eduardo. Ele correu e tentou se esconder na Delegacia de Trânsito de Criciúma.

O corregedor do Detran de Santa Catarina, Max Magno Vieira, vai investigar o caso. Ele suspendeu temporariamente as atividades da autoescola, que pode receber outras punições. ?Ele pode sofrer desde uma advertência, a uma suspensão ou descredenciamento. Sendo fraude, para nós é um ato de improbidade, é o descredenciamento?, afirma.



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