Vice-prefeito é preso ao desembarcar em Guarulhos

É considerado foragido pela Justiça por um suposto envolvimento em um esquema de fraudes

O vice-prefeito Demétrio Vilagra recebeu voz de prisão | Terra
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O vice-prefeito de Campinas (SP), Demétrio Vilagra (PT), foi preso pouco depois das 20h desta quinta-feira ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, em um voo vindo da Europa. Ele recebeu voz de prisão do delegado da Corregedoria de Polícia Civil campinense, Roveraldo Battaglini. A previsão é de que ele siga direto para Campinas, onde deve realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Em seguida, deve ser transferido para o 2° DP. Sua chegada ao País estava prevista para as 18h10.

O político é considerado foragido desde sexta-feira pela Justiça por um suposto envolvimento em um esquema de fraudes e cobrança de propina em contratos públicos investigado pelo Ministério Público. De acordo com seu advogado, Ralph Tórtima, Vilagra ficaria em férias na Espanha até o dia 30 de maio, mas antecipou o retorno para tomar ciência dos acontecimentos e providenciar sua defesa. Tórtima entrou com pedido de revogação da prisão temporária na quarta-feira, que foi negado. Segundo Tórtima, seu cliente nunca foi citado pelo MP e não foi convocado para prestar qualquer esclarecimento posteriormente.

Segundo o MP, o pedido de prisão de Vilagra ocorreu porque ele atrapalhou as investigações que culminaram no mandado de prisão de 20 acusados no casos, entre eles empresários, agentes públicos e ex-servidores da prefeitura de Campinas.

Dentre os pelo menos 11 presos, três continuam detidos, e os demais tiveram a prisão preventiva revogada. Vilagra é um dos nove procurados. Ainda não se apresentaram os ex-secretarios - exonerados na semana passada - Carlos Henrique Pinto (Segurança) e Francisco de Lagos (Comunicações).

"Mensalinho"

Em depoimento na terça e na quarta-feira, empresários ouvidos pelos promotores do Ministério Público afirmaram que entregaram dinheiro a Vilagra. Os depoimentos foram colhidos durante acareação com o ex-presidente da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) Luiz Augusto Contrillon de Aquino, respaldado por uma delação premiada.

Aquino, também investigado pelo MP, contou como funcionaria a participação de 26 pessoas, entre elas figuras do primeiro escalão da prefeitura, em casos de trocas de favores, pagamentos de propinas e de entre 5% a 7% do valor de contratos de licitação, além de liberação de licenças.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES