Vítimas relatam como agia sargento acusado de estuprar mulheres

Um vídeo com imagens da rua mostram ele passando pelo menos três vezes antes de cometer o crime

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O militar chora ao ser preso | Fabiano Rocha
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O sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Júnior, que confessou ter estuprado pelo menos dez mulheres nos últimos dois meses na Zona Norte do Rio, costumava agir com violência e frieza. Fingia estar armado para render as vítimas, abusava sexualmente delas e as ameaçava de morte, caso elas o denunciassem. A constatação foi feita pelas próprias vítimas.

Por volta das 8h30m de 23 de novembro, Edvaldo rondou a entrada de uma casa em Riachuelo, à espera da saída de a estudante X., de 24 anos. Um vídeo com imagens da rua mostram ele passando pelo menos três vezes antes de cometer o crime.

Assim que a vítima saiu, Edvaldo a rendeu. X. imaginou que fosse um assalto e entregou a bolsa. Não era.

- Ele disse: "Não quero a bolsa. Quero você" - conta um militar do Exército de 55 anos, pai da vítima.

Em seguida, Edvaldo a colocou no chão, entre dois carros, onde abusou sexualmente dela por cerca de 15 minutos.

- A minha outra filha viu ele entre os carros. Pensou que ele estava urinando. Uma vizinha viu e começou a gritar. Aí, ele se assustou e fugiu. A placa estava coberta. Isso mostra que ele já tinha planejado tudo.

"Tem coisas que ela nem me contou, porque acha vergonhoso", diz marido

Nesta quarta-feira, ele rendeu uma recepcionista de 22 anos, em Ramos, e a obrigou a manter relações sexuais com ele. A vítima é casada e tem um filho de 2 anos.

- Tem coisas que ela nem me contou, porque acha vergonhoso de dizer e porque eu sou o marido dela. Ela passou por situações humilhantes e só acatou tudo que ele pediu porque estava com medo de morrer - diz o marido, um programador de 25 anos.

Nesta quinta, a última vítima foi rendida dentro do próprio condomínio onde morava, no Engenho de Dentro. Nas escadas de um prédio, foi obrigada a manter relações sexuais com o sargento, que teria dito, segundo depoimento da vítima: "Você não vai fazer nada que não tenha feito antes com alguém".

Edvaldo não perdoava nem menores de idade. Foi o caso, por exemplo, de uma estudante de 13 anos, atacada a caminho do colégio.

- Perguntei se ele não tinha filhos. Ele disse que tinha. Mas, mesmo assim, abusou de mim. Perguntou o meu nome e a minha idade. Aí, falou que um dia eu iria fazer isso com outra pessoa. Falei que não ia fazer, porque eu era uma criança. Aí, ele falou: "então fecha os olhos e me dá a mão". Ele ficava o tempo inteiro olhando pelo retrovisor, para ver quem estava passando. A situação só não foi pior porque uma pessoa passou pela rua e ele foi embora. Mas antes de sair, ele ameaçou e disse: "Sei onde você mora e onde você estuda. Não quero ter que voltar".



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