Vocalista de banda acusada de estupro afirma que grupo continua com “força total”

Os nove integrantes ficaram presos por 38 dias.

Os músicos da banda baiana New Hit, acusados de estupro, foram soltos ontem | Divulgação
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Um dia depois de terem sido soltos através de habeas corpus concedido pela Justiça baiana, os nove integrantes da banda de pagode New Hit já tem show marcado. Acusados de estuprarem duas adolescentes de 16 anos, os músicos não tem antecedentes criminais, possuem residência fixa e vão responder ao processo em liberdade.

?Esse momento está sendo difícil Todos os músicos estão reencontrando suas famílias. O que eu sei é que a banda vai continuar com força total para retribuir o carinho que as fãs nos deram nesse momento tão difícil?, disse, o vocalista da banda, Eduardo Martins, o Dudu.

Os nove integrantes ficaram presos por 38 dias. ?Foi muito complicado [ficar preso]. A gente ficou trancado. Não teve regalia. Só Jesus Cristo estava do nosso lado?, contou. Sobre as acusações e os resultados dos laudos do Departamento de Polícia Técnica que apontam que houve violência sexual e foi encontrado sêmen em grande quantidade, o vocalista repetiu que a banda é ?inocente?.

?[Sobre os laudos] não posso responder nada. A justiça divina não falha. Jesus já nos concedeu a liberdade para mostrar o outro lado da moeda. Agora vão ouvir a verdade. Houve relação sexual. A gente nunca negou?, destacou o cantor.

O show, que ocorrerá no próximo dia 21 de outubro na capital baiana, está sendo anunciado como parte do Festival de Pagode Salvador!. ?O New Hit já tem data para voltar aos palcos. As fãs dos rapazes da New Hit ficaram loucas com a notícia e o que já era bom, ficou ainda melhor, quando foi confirmada a participação deles no Festival?, anuncia a página de divulgação do show. O ingresso custa R$ 25.

Atenção especial

A secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, lamentou nesta quarta-feira (3) a soltura dos jovens, diante da concessão de habeas corpus pelo TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia). Ela acredita que ?o caso merece atenção especial, uma vez que o ato possui características de crime hediondo, com participação de mais de um autor, contra vítimas que não puderam e nem conseguiriam esboçar qualquer reação de defesa?.

?Acreditamos que a Justiça dará os encaminhamentos necessários para a responsabilização dos acusados. O importante é não deixar este episódio impune. É preciso que o caso sirva de exemplo para a sociedade, evitando a possível sensação de impunidade. Esta é uma oportunidade de reafirmar que as mulheres baianas têm direito a uma vida sem violência?, afirmou a secretária.

Na segunda-feira (2), o MP-BA (Ministério Público da Bahia) denunciou os integrantes da banda, além do policial militar Carlos Frederico de Aragão, acusado de conivência no crime. O órgão apresentou a denúncia por meio da promotora de Justiça Marisa Marinho Jansen Melo de Oliveira, de Ruy Barbosa, município onde supostamente ocorreu o crime.

Hoje, o MP-BA divulgou que a juíza da Vara Crime de Ruy Barbosa, Márcia Simões da Costa, recebeu a denúncia contra os integrantes da banda. Foram denunciados por estupro qualificado, com concurso de duas ou mais pessoas, os integrantes Alan Aragão Trigueiros, Edson Bonfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, Guilherme Augusto Campos Silva, Jefferson Pinto dos Santos, Jhon Ghendow de Souza Silva, Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo Borges Lopes e William Ricardo de Farias. Segundo informações do Ministério Público, os músicos e o PM serão citados por carta precatória para responderem à acusação por escrito no prazo de 10 dias.



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