Zinho, o miliciano mais perigoso do RJ é transferido para presídio federal

Sob forte esquema de segurança, Zinho foi transferido do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona Oeste do Rio de Janeiro, com destino ao presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Miliciano Zinho após dar entrada no sistema penitenciário do Rio de Janeiro | Reprodução
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O miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi transferido de presídio sob um forte esquema de segurança, na manhã deste sábado (16), quando deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona Oeste do Rio de Janeiro, a fim de ser transferido ao presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

O comboio com batedores saiu às 11h30 do Presídio Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), onde Zinho estava isolado, e seguiu pela Avenida Brasil até chegar por volta de 12h20 no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do RJ. O criminoso é chefe da maior milícia do Rio de Janeiro e considerado um dos bandidos mais perigosos do estado. Ele tinha em seu desfavor 12 mandados de prisão e estava foragido desde 2018, até se entregar para a polícia no Natal de 2023.

DECISÃO JUDICIAL. A decisão da transferência foi tomada no último dia 20 de fevereiro pela juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, e vale também para Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, comparsa de Zinho. Ele e Boquinha foram entregues pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) para os agentes penais federais. O avião estava previsto para decolar às 14h30 e chegar em Campo Grande às 17h30.

“Ressalta-se que os grupos de milícia instalados neste Estado, fortemente estruturados e ostentando capilaridade por todo país e até no exterior, vêm, diuturnamente, protagonizando o terror infligido, em especial aos moradores de comunidades carentes, deles fazendo reféns e gerando situação de instabilidade por anos e sem descanso. Tudo isso já aponta para o grave e concreto risco que a permanência do referido réu em solo fluminense representa à continuidade das políticas de segurança pública em desenvolvimento no Estado”, escreveu a magistrada em sua decisão.

Zinho: o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro. Ele assumiu a milícia de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do Rio, em 2021, dois meses após a morte do antigo chefe, seu irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko. Antes de se tornar o chefe da milícia, Zinho estava ligado às atividades de lavagem de dinheiro do grupo, principalmente na Baixada Fluminense, e cuidava da contabilidade do grupo. 

Zinho era sócio da empresa Macla Comércio e Extração de Saibro, que, segundo a polícia, faturou R$ 42 milhões entre 2012 e 2017. Outras empresas da organização criminosa eram utilizadas para movimentação do dinheiro. Zinho esteve para ser capturado várias vezes, principalmente em ações da Polícia Civil, mas sempre conseguiu escapar. Em uma delas os policiais mataram um sobrinho dele, o Faustão. Como retaliação, 35 ônibus foram queimados na zona Oeste do Rio.



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