'Abin paralela' usava microfones, câmeras escondidas e drones, relatam servidores

A utilização dessas ferramentas está na mira de uma investigação da Polícia Federal — que encontrou indícios de um esquema de espionagem ilegal

'Abin paralela' usava microfones, câmeras escondidas e drones, relatam servidores | Foto: Reprodução/Abin
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está sob investigação da Polícia Federal devido ao uso de tecnologias de vigilância, como sistemas de monitoramento de localização, microfones direcionais, câmeras escondidas, drones e malwares, para possíveis atividades de espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro. 

A investigação interna da Abin revelou que em 2021, sob a direção de Alexandre Ramagem, atual deputado federal, a agência adquiriu drones para operações de vigilância nas superintendências regionais, sem especificar os limites de sua utilização.

Após a entrega dos drones às unidades estaduais da Abin, percebeu-se que os servidores não sabiam manusear os equipamentos, o que levou à sua devolução para Brasília, onde os agentes tiveram que passar por um curso de pilotagem.

Durante o mesmo ano, um drone da Abin foi avistado sobrevoando a residência do governador do Ceará, Camilo Santana, sendo posteriormente descoberto que o piloto era um membro da agência. 

Apesar da instauração de um processo administrativo, o oficial de inteligência envolvido alegou que o uso do drone foi ordenado por Alexandre Ramagem e outros diretores, resultando no arquivamento do caso. O deputado Ramagem não comentou o assunto quando procurado.

MICROFONES

Servidores da Abin revelaram à Polícia Federal o uso de "equipamentos sensíveis", como microfones direcionais e programas maliciosos, para vigilância clandestina sob a gestão de Ramagem. 

Essas ferramentas permitiam a gravação de encontros à distância e invasões de dispositivos. Essas operações incluíram o monitoramento de um jantar envolvendo o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em 2020.

Especialistas apontam que a Abin não deve usar tais ferramentas contra alvos que não representem ameaça ao Estado.

(Com informações do O Globo) 



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES