AL: Acusados de corrupção, deputados aumentam salários

Os deputados alagoanos recebem a segunda maior verba de gabinete do Brasil

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Acusados de corrupção, os deputados estaduais de Alagoas aumentaram os próprios salários de R$ 9,6 mil para R$ 20.042,34. O valor exato foi publicado na edição de sexta-feira do Diário Oficial do Estado e encerra uma briga entre governo e Legislativo por este aumento- aprovado em janeiro do ano passado pelos parlamentares. O aumento havia sido vetado pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), mas os deputados derrubaram o veto.

A dúvida agora é se os parlamentares de Alagoas vão receber os salários retroativos - o acumulado de um ano -, como diz a lei. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Toledo (PSDB), negou a intenção de pedir a correção retroativa. "O pagamento vai ser feito a partir de agora, da publicação da lei no Diário Oficial. Inclusive, só vai começar a ser liberado a partir de junho", disse Toledo.

Os deputados alagoanos recebem a segunda maior verba de gabinete do Brasil, de R$ 39 mil - só perdem para os deputados do Amapá, que recebem R$ 100 mil. O Maranhão tem a terceira maior verba: R$ 32 mil.

Investigados pela Polícia Federal e com ações de improbidade administrativa movidas nos Ministérios Públicos Federal e Estadual, a maioria dos deputados estaduais é acusada de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro nacional, desvio de R$ 300 milhões, criação de laranjas e funcionários fantasmas no Legislativo Estadual. Além disso, a Mesa Diretora mantém uma biblioteca e uma Escola Legislativa fantasmas ao custo de R$ 1 milhão por ano. Há duas semanas, o deputado Olavo Calheiros (PMDB) denunciou em plenário que 80% do orçamento mensal da Assembleia Legislativa (R$ 10 milhões) é desviado todo mês para finalidades desconhecidas.

Na semana passada, o deputado João Henrique Caldas (PTN) acusou os parlamentares de realizarem sessões fantasmas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como ele já havia denunciado ao Ministério Pùblico o pagamento de uma gratificação a mais de 400 servidores, que causa um rombo de R$ 17,5 milhões. Por denunciar os deputados, a Mesa Diretora avalia se cassa o mandato de João Henrique, por quebra de decoro parlamentar.



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