Jornal denunciou que ganhadores da obra do metrô de SP já eram conhecidos

Afastar presidente do Metrô “não tem o menor sentido”, diz Alckmin

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Licitacao foi combinada 5 meses antes | Divulgação
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O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse na madrugada deste sábado (19) que a determinação judicial de afastar o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, e de suspender os contratos da extensão linha 5-lilás por suspeita de fraude na licitação da obra "não tem o menor sentido".

Alckmin diz que o governo irá recorrer da decisão "na primeira hora de segunda-feira".

"Parar uma obra do metrô, das mais importantes de São Paulo, que é a linha 5, sem ter nenhum fato concreto e sujeitando o governo amanhã a ter que pagar bilhões de indenização para construtoras é uma absoluta irresponsabilidade. Vamos imediatamente recorrer, por questões de justiça e para defender o interesse público", afirmou o governador.

A decisão, da juíza Simone Gomes Rodrigues Cassoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública, foi divulgada na tarde desta sexta-feira (18) e decorre de uma ação movida por quatro promotores que pedem a anulação da concorrência.

A investigação foi aberta após a Folha revelar, em outubro de 2010, que os vencedores da licitação estavam definidos havia seis meses.

Em evento na madrugada deste sábado, Alckmin também disse que não tinha responsabilidade no caso. "Eu estou muito à vontade com essa questão porque nem eu como governador fiz a licitação e assinei o contrato, eu peguei já andando. Sérgio Avelleda nem funcionário do Metrô era."

O governador, que falou sobre o assunto em um encontro com jornalistas durante o início da fiscalização da Lei Antiálcool, diz ter confiança de que Avelleda vá permanecer no cargo.

"Vamos recorrer para isso. A decisão vai ser derrubada rápido, isso aí não tem o menor sentido", afirma.

E faz críticas. "Aliás, eu não admito uma decisão às 15h30 de sexta-feira quando você não consegue mais recorrer de nada", disse.

Os contratos para expansão da linha-5 do metrô envolvem R$ 4 bilhões e 14 construtoras. A linha, que hoje liga Capão Redondo a Santo Amaro, terá mais 11 estações. O trecho suspenso é entre Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin, com 11 km. Ele está em fase final de demolição de 224 imóveis já desapropriados.



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