Aliado de Arruda comandará CPI da Corrupção

Deputado distrital Alírio Neto (PPS) foi escolhido para presidir a comissão

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Em reunião realizada nesta segunda-feira para escolha de cargos dentro da CPI da Corrupção, que vai investigar o mensalão do DEM em Brasília, o deputado distrital Alírio Neto (PPS) foi escolhido, por quatro votos a um, para presidir a comissão. Alírio Neto é aliado do governador José Roberto Arruda (sem partido) e antes do escândalo ocupava a Secretaria de Justiça e Cidadania do Governo Distrito Federal.

O deputado petista Paulo Tadeu ainda tentou disputar o cargo, mas foi derrotado pela ampla maioria governista, que existe não só na CPI como em todas as comissões da Casa. Tadeu ainda argumentou que, apesar da maioria governista, o ideal seria que um membro da oposição ocupasse o comando da CPI para garantir que os trabalhos fossem conduzidos de forma isenta.

Os governistas, no entanto, fizeram uma comparação da CPI da Corrupção com a CPI da Petrobras que funcionou ano passado no Senado, que tinha maioria da base aliada ao governo Lula e contou com uma blindagem ao governo. O deputado Batista das Cooperativas (PRP) vai ocupar a vice-presidência da CPI na Câmara do Distrito Federal.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no fim de novembro de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.



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