Alves marca reunião para discutir processo de cassação de Cunha

Presidente da Câmara agendou reunião da Mesa Diretora para o dia 4.

Avalie a matéria:
João Paulo Cunha pretende se entregar espontaneamente | Reprodução/Internet
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), agendou para 4 de fevereiro reunião da Mesa Diretora da Casa para discutir a possibilidade de abrir processo de cassação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no processo do mensalão e com prisão já determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A Câmara ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que mandou prender o deputado. A reunião da mesa no dia 4 está condicionada ao envio de ofício a ser expedido pelo STF, informando sobre a condenação.

Nesta segunda (6), Barbosa rejeitou recurso do deputado no processo do mensalão e determinou que seja iniciado o cumprimento da pena de seis anos e quatro meses de prisão, em regime semiaberto, pelos crimes de corrupção passiva e peculato.

A Mesa Diretora da Câmara só precisará decidir sobre a abertura de processo de cassação se Cunha mantiver a intenção de não renunciar ao mandato. A assessoria de Cunha, um dos quatro deputados condenados no mensalão, informou que ele não pretende renunciar.

Se a Mesa decidir abrir o processo, o caso será encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, será analisado no plenário da Casa em votação aberta.

Ao parlamentar deve ser dado "amplo direito de defesa" tanto na comissão quanto em plenário. O processo pode se arrastar por meses.

Apesar de ter decidido pela prisão do deputado, ainda falta o Supremo expedir o mandado de prisão de Cunha para o deputado ser preso, o que não havia acontecido até o início da tarde desta terça-feira. A assessoria de imprensa do parlamentar informou que ele vai cumprir a decisão judicial e se entregar à polícia.

Se a Mesa não der prosseguimento ao processo de cassação do mandato, qualquer partido político pode protocolar o pedido para análise na Casa da perda do mandato parlamentar. Neste caso, o processo também precisa ser encaminhado para a CCJ e para o plenário.

Os demais deputados federais que foram presos por determinação do Supremo em razão de condenações no julgamento do mensalão ? José Genoino, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto ? optaram por renunciar ao mandato e evitar o processo de cassação.

João Paulo Cunha foi acusado de receber R$ 50 mil no ano de 2003, quando era presidente da Câmara, para beneficiar agência de Marcos Valério ? apontado como o "operador" do mensalão ? em contratos com a Casa. O deputado sustenta que os contratos de publicidade contratados foram cumpridos, conforme atestam, segundo ele, relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Polícia Federal.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES