Ao contrário de Tiririca, Romário vê motivos para ficar na política

Humorista diz estar desiludido, mas ex-atletas mostram entusiasmo na função de deputado federal

Deputado federal desde 2010, Romário (PSB-RJ) admite que se sentia "peixe fora d"água" no início, mas encontrou seu papel na Câmara | ABr
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deputado federal mais votado de 2010, o palhaço Tiririca, declarou na última terça-feira (5) que está cansado da política e desiludido com o papel de um parlamentar. A fala do deputado novato, que pretende voltar a ser palhaço, porém, não é unânime entre os "queridinhos" eleitos para a Câmara nas últimas eleições.

Em entrevista, os deputados federais Acelino Popó Freitas (PRB-BA) e Romário (PSB-RJ) dizem gostar de política e encontram motivação extra com ?debates na Câmara?, no ?lado social? da função de deputado e na fiscalização das obras da Copa do Mundo de 2014, mesmo não tendo conseguido aprovar nenhum projeto de lei após dois anos de mandato.

O tricampeão brasileiro de boxe, Popó, explica que seu principal papel do deputado é levar debates sociais e ligados ao esporte para a Câmara dos Deputados. Apesar de ainda não ter conseguido ver aprovado nenhum projeto de lei, ele ressalta que sempre participa de audiências públicas e apresenta temas que considera importantes.

? Eu estou gostando de ser deputado, principalmente pelo lado social e eu batalho muito por isso. Tenho projetos de lei tramitando, voltados para o esporte, mas, mais do que isso, gosto do debate, acho importante cada audiência pública de que participo.

Outro novato e fã da política nacional, o tetracampeão de futebol Romário confessa que, ?no início, não gostava? das tarefas de um parlamentar, mas afirma que aprendeu as funções que um congressista deve exercer. Agora, Romário diz que presta um serviço à sociedade.

? No início, me achava um peixe fora d?água nas discussões do plenário, mas quando fui indicado para a Comissão de Turismo e Desporto me encontrei. Lá a atuação dos parlamentares é mais efetiva, onde podemos promover audiências públicas e convidar representantes da sociedade e entidades para debater assuntos de interesse da população.

Para Popó, as emendas parlamentares apresentadas, que são aprovadas e executadas, também são uma forma de trabalho do deputado que "faz a diferença".

? Tem coisas que valem muito a pena. As emendas que levo para o meu Estado ajudam demais. E poder ir lá inaugurar uma praça, uma quadra, uma área num hospital que vai ajudar a população é gratificante.

Assim como Popó, Romário ainda não conseguiu aprovar nenhum projeto de lei, mas o ex-jogador comemora a aceitação de duas emendas a uma medida provisória, ambas em benefício de pessoas com deficiência. Romário se diz à vontade no Congresso Nacional, mas reclama: ?as tramitações demoram muito?.

? Muitos deputados ficam anos aqui e não conseguem aprovar nada.

Tiririca afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que quer deixar a política e se limitar a ser palhaço ? profissão que exercia antes de ser eleito. O humorista afirmou que "não dá para fazer muita coisa? como parlamentar, mas admitiu que o principal motivo para deixar a política em 2015 é a falta de tempo para se dedicar à vida artística.

Avaliação positiva

Tanto Popó como Romário fazem uma autoavaliação positiva dos dois primeiros anos de mandato. O tetracampeão de futebol, que mira "terminar bem o mandato" e não descarta disputar a reeleção em 2014, diz que faz ?muito mais do que as pessoas achavam que eu conseguiria?.

? Tenho fiscalizado as obras da Copa, já apresentei projetos nas áreas de esporte, importação de materiais científicos e deficiência física. [...] Hoje, entendo que a política é a forma que temos de melhorar a vida das pessoas.



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