Após decisão do STJ, ex-governador Arruda deixa prisão no DF

Arruda tem prisão revogada e deixa PF

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O governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), deixou a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, às 17h17 desta segunda-feira. A soltura antecede em nove dias o aniversário de 50 anos da capital federal. Acompanhado da ex-primeira dama, Flávia Arruda, o político foi libertado pela PF após mais de dois meses preso por tentativa de coação a uma testemunha, que prestaria depoimento no escândalo do Mensalão no DF.

Por oito votos a cinco, os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram pela revogação da prisão preventiva do ex-governador. A prisão foi decretada há dois meses pelo próprio STJ.

O governador e a ex-primeira dama deixaram a PF em uma camionete prateada sem falar com a imprensa. Na frente da superintendência da Polícia Federal, manifestantes pró e contra o governador cassado, chegaram a bater boca por conta da decisão do STJ. Pessoas favoráveis a Arruda, ameaçaram estudantes que gritavam palavras de ordem contra ele e contra o ex-vice-governador do DF, Paulo Octávio.

Após a divulgação da sentença do STJ, Arruda passou por um exame de corpo de delito, na própria superintendência da Polícia Federal. Além do ex-governador, também tiveram a prisão preventiva revogada o deputado distrital Geraldo Naves (DEM), o ex-secretário de Comunicação Wellington Moraes, o sobrinho e ex-secretário particular de Arruda, Rodrigo Arantes, o ex-conselheiro do Metrô DF Antônio Bento, e o ex-diretor da Companhia Energética de Brasília, Haroaldo Carvalho.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.



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