Após divulgação de fotos da prisão de Arruda, defesa exige privacidade em visitas

As imagens divulgadas ontem mostram que a sala onde Arruda está preso tem 16,8 m2 e está mobiliada com cama com colchão

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O advogado Nélio Machado, que defende o governador afastado do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido), reagiu neste sábado à divulgação das fotos da sala da Polícia Federal, em Brasília, onde seu cliente está preso desde 11 de fevereiro. Machado disse à Folha Online que a partir de agora vai "endurecer" e exigir privacidade nas visitas a Arruda, para evitar que "policiais fiquem à espreita ouvindo as conversas".

As imagens divulgadas ontem mostram que a sala onde Arruda está preso tem 16,8 m2 e está mobiliada com cama com colchão, mesa com cadeira estofada, sofá de três lugares, armário com duas portas, frigobar e ar-condicionado.

Antes da divulgação das fotos, durante o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do mérito do habeas corpus para reverter a prisão preventiva de Arruda, o advogado disse que o governador afastado está preso em uma "masmorra" há mais de 20 dias.

"Estão divulgando fotos mostrando que a sala tem frigobar e ar-candicionado. Mas ninguém fala que ele [Arruda] não pode ir ao banheiro sozinho, fica o tempo todo com a porta aberta e é vigiado o tempo todo por policiais", disse Machado.

Questionado se o fato de estar sob a custódia da PF não justificaria a vigilância permanente, o advogado retrucou. "Mas ele está sem nenhuma privacidade", disse.

Machado disse que a partir das próximas visitar vai pedir o cumprimento da lei no que se refere à relação advogado-cliente e vai exigir privacidade. "Não quero mais portas abertas nem policiais à espreita ouvindo as conversas", afirmou.

A prisão de Arruda foi determinada no dia 11 de fevereiro pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) que acolheu a denúncia do Ministério Público Federal de que ele obstruía as investigações do esquema de corrupção.

Arruda e outras cinco pessoas são acusadas de tentar subornar o jornalista Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do suposto esquema de arrecadação e pagamento de propina no DF.



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