Após perder eleição, vereador chama eleitor de sem vergonha

População ficou revoltada com as declarações do político na sessão.

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O vereador Paulinho da Rádio (PDT) chamou os eleitores de "sem vergonhas". | EPTV
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O vereador Vicente de Paula Albertão (PDT) usou a tribuna da Câmara de Igarapava (SP) para chamar os eleitores da cidade de "sem vergonhas", após não ter sido reeleito nas eleições municipais do dia 7 de outubro. Conhecido como Paulinho da Rádio, o parlamentar que ocupa o cargo há quase 20 anos, afirmou que ?o político não é o sem vergonha não. Sem vergonha é quem votou para colocar essa pessoa aqui dentro, é a própria pessoa mesmo, é o igarapavense mesmo."

As imagens do discurso, divulgadas na internet, foram registradas durante a sessão do dia 8 de outubro, um dia após os eleitores elegerem seus novos representantes, deixando Paulinho fora da composição da nova Câmara. Em Igarapara, apenas dois candidatos foram reeleitos.

As frases revoltaram a população e deixaram o clima tenso no município. ?Isso é errado. A população não tem nada a ver com isso. Se eu perco na política eu vou poder maltratar os outros??, questionou o aposentado Eurípedes Adriela.

Desculpas/b>

Após a grande repercussão do discurso nas redes sociais, o vereador tentou se explicar, dizendo que ?o eleitor pode votar em quem achar conveniente?. ?Eu, infelizmente, não fui conveniente para essas pessoas, apesar do trabalho de 20 anos que eu fiz nesta Casa de Lei?, comentou. Questionado sobre o termo que usou para definir os eleitores de Igarapava, o vereador pediu desculpas. ?Ficou pesado, a gente até pede desculpa para o eleitor, porque no afã de perder a eleição a gente fica nervoso, fica sentido?, concluiu.

OAB

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade José Ricardo Mattar, o eleitor que se sentir ofendido pode procurar a Justiça. ?Ele foi muito infeliz com o que disse. Querendo ou não, houve uma ofensa ao próprio direito de voto de cada um, uma ofensa à soberania popular e ao estado democrático de direito?, opinou Mattar. ?A quem se sentiu ofendido, em tese, caberia o ingresso de uma ação judicial?, disse.



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