Após vitória de separatistas em Taiwan, Brasil reitera considerar 'uma só China'

Mauro Vieira afirmou que governo brasileiro mantém o apoio ‘histórico e inequívoco’ à unificação do território chinês.

Após vitória de separatistas em Taiwan, Brasil reitera considerar 'uma só China' | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reiterou nesta sexta-feira (19) o apoio do Brasil à "só China", referindo-se ao posicionamento contrário à independência de Taiwan.

A declaração ocorreu alguns dias após a vitória de Lai Ching-te nas eleições presidenciais de Taiwan, representando o Partido Democrático Progressista (PDP), que é contrário à unificação da ilha com a China.

Conforme afirmado por Vieira, o governo brasileiro reafirma seu apoio "histórico, consistente e inequívoco" à China unificada. Essa posição foi defendida durante a visita do chanceler chinês, Wang Yi, a Brasília nesta sexta-feira, embora a província em questão não tenha sido explicitamente mencionada.

“Recordamos o apoio histórico, consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China, conforme registro na declaração conjunta adotada pelos dois presidentes Lula e Xi Jinping na visita presidencial à China em 14 de abril de 2023”, disse o ministro.

O representante chinês, Wang Yi, afirmou que o país “demonstra apreço” ao apoio do Brasil ao princípio. O governo chinês classifica Taiwan como uma província rebelde, que segue fazendo parte de seu território. O governo de Taiwan proclama a ilha como um estado independente, gerido por uma Constituição própria, e por décadas foi considerada o próprio governo chinês, no exílio.

A defesa da unificação chinesa já havia sido feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril de 2023. Durante viagem a Pequim, o petista assinou uma declaração conjunta com o presidente chinês, Xi Jinping, na qual diz reconhecer que “Taiwan é uma parte inseparável do território chinês”.

“A parte brasileira reiterou que adere firmemente ao princípio de uma só China, e que o governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, enquanto Taiwan é uma parte inseparável do território chinês. Ao reafirmar o princípio da integridade territorial dos estados, apoiou o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan. A parte chinesa manifestou o grande apreço a esse respeito”, diz o documento.

Vice-presidente da ilha, o médico Lai Ching-te venceu a eleição presidencial de Taiwan no último sábado (13). Em seu primeiro pronunciamento, disse estar determinado a "proteger Taiwan das ameaças e intimidação da China".

Ele também afirmou que "o povo de Taiwan resistiu com sucesso aos esforços de forças externas que queriam influenciar as eleições" e que usará o diálogo no lugar do confronto e que está disposto a conversar com a China “com base na dignidade e na paridade”.

No período que antecedeu as eleições, a China denunciou repetidamente Lai como um separatista perigoso e rejeitou os seus apelos por diálogo. O Ministério de Defesa chinês afirmou nesta sexta-feira (12), um dia antes da eleição, que o Exército está em alerta e vai tomar todas as ações necessárias para "esmagar" qualquer plano de independência de Taiwan.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES