Arthur do Val tenta nova cartada para manter direitos políticos

O parlamentar renunciou ao cargo no dia 20, uma semana depois que o Conselho de Ética da Casa aprovou a sua cassação por unanimidade.

Arthur do Val tenta nova cartada para manter direitos políticos | Reprodução
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MÔNICA BERGAMO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os advogados do ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, protocolaram um pedido para que a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) suspenda a tramitação do processo que pode resultar na cassação de seu mandato.

O parlamentar renunciou ao cargo no dia 20, uma semana depois que o Conselho de Ética da Casa aprovou a sua cassação por unanimidade. Sua defesa afirma agora que, com isso, o processo perde a validade e deve ser suspenso.Se a ideia vingar, Arthur do Val mantém seus direitos políticos e pode ser candidato a deputado federal ainda em 2022.

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Arthur do Val tenta nova cartada para manter direitos políticos- Foto: Reprodução

O deputado Carlão Pignatari, que preside a Assembleia, determinou a suspensão da reunião da Comissão de Constituição e Justiça marcada para esta terça (26) que seguiria analisando o processo. E enviou o pedido dos advogados à procuradoria da Casa, que deve emitir um parecer.

Do Val é julgado por quebra de decoro parlamentar depois de viajar à Ucrânia e enviar áudios a amigos com comentários sexistas sobre as mulheres do país em guerra. Entre outras coisas, ele disse que as ucranianas são fáceis porque são pobres.

Integrantes da Assembleia Legislativa desconfiam que a União Brasil, partido ao qual Arthur do Val se filiou em março, depois de ser expulso do Podemos, está costurando um acordo para manter o ex-parlamentar na disputa de 2022. A legenda apoia a candidatura do atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB-SP) à sucessão de João Doria.

"A lei é clara: mesmo com a renúncia, o processo deve prosseguir", diz o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP), que integra a CCJ da Alesp. "Se paralisarem o processo, vamos judicializar", afirma ele.

Os advogados de Mamãe Falei dizem que a tramitação só não poderia ser interrompida caso o processo de cassação já tivesse sido despachado para o plenário, o que ainda não tinha ocorrido.



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