Dadá e Jairo, Auxiliares de Cachoeira, se recusam a falar à CPI

Antes, ex-vereador Wladimir Garcez negou influência no governo de Goiás

Depoentes têm o direito de ficar em silêncio, como fez Cachoeira na terça | Edição/247
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O ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e o sargento da Polícia MIlitar do Distrito Federal Jairo Martins de Souza, apontados como auxiliares do bicheiro Carlinhos Cachoeira, se recusaram a falar à CPI e foram dispensados pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

De acordo com a PF, Dadá e Jairo atuavam para favorecer o esquema de arapongagem de Cachoeira. Dadá também é citado por ajudar o bicheiro em contatos com órgãos federais.

Nos depoimentos da comissão, os depoentes têm o direito de permanecer em silêncio, como fez o contraventor Carlinhos Cachoeira, em depoimento na última terça.

A sessão da CPI começou por volta das 10h30 com o depoimento do ex-vereador Wladimir Garcez, que leu um documento no qual negou influência no governo de Goiás e depois for interrogado por parlamentares por cerca de uma hora e meia.

Depois, por volta de 12h15, Dadá foi chamado à sala da comissão e dispensado minutos depois após afirmar que não daria esclarecimentos. A sessão chegou a ser suspensa e retomada logo em seguida para o depoimento de Jairo de Souza, que foi dipensado também. Os parlamentares começaram então a discutir se transformam a sessão em reunião administrativa para votação de requerimentos.

Antes do depoimento, o advogado Leonardo Gagno, que representa Dadá e Jairo, já havia afirmado que ambos permaneceriam calados. Diante do anúncio feito pelo advogado, antes de Dadá começar a falar, os parlamentares concordaram em suspender os depoimentos caso os dois se recusassem a responder.

"Temos de mostrar aqui que não estamos num teatro de marionetes", disse o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR).

Wladimir Garcez

Antes de Dadá, prestou depoimento à comissão o ex-vereador de Goiânia (GO) pelo PSDB Wladimir Garcez, tido como um dos principais auxiliares do contraventor. Ele negou durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que "integre qualquer organização criminosa".

À CPI, Garcez leu um depoimento e afirmou que foi contratado pela empresa Delta Construções para assessorar o ex-diretor da empresa no Centro Oeste Cláudio Abreu - que foi preso no mês passado - e negou qualquer influência no governo de Goiás. Após a leitura do texto, Wladimir Garcez se recusou a responder às demais perguntas dos parlamentares.

Garcez foi o primeiro depoente a falar para os parlamentares que integram a comissão, criada para apurar as ligações do bicheiro com agentes públicos e privados. Na terça, o bicheiro Carlinhos Cachoeira ficou calado durante seu depoimento.

Segundo o ex-vereador, sua missão como contratado da Delta era assessorar Cláudio Abreu, e que pelo trabalho ?ganhava R$ 20 mil?. ?Nunca participei de qualquer processo licitatório?, afirmou. Ele também disse que auxiliou Cachoeira em uma empresa do contraventor.

Questionamento ao relator

Durante a sessão, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) acusou o relator da CPI de ter direcionado as perguntas feitas a Garcez, não respondidas, para prejudicar o governador de Goiás, Marconi Perillo.

Segundo Sampaio, Odair Cunha agiu como representante do governo federal ao fazer predominantemente indagações sobre a relação de Garcez e do bicheiro com Perillo.

?Está muito claro o direcionamento que está havendo aqui hoje. Eu podia pedir a palavra e fazer 30 perguntas sobre o envolvimento do governador Agnelo Queiroz?, disse Claudio Sampaio. ?Não passe a imagem à opinião pública de que está fazendo um papel de governo. Vossa Excelência é um magistrado?, complementou o tucano, dizendo que todos os integrantes da CPI devem se comportar com isenção, como juízes.

O relator rebateu: "Fiz as perguntas que achei pertinentes. Se ele [Garcez] pertence aos quadros do PSDB não é minha responsabilidade."



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