Bolsonaro cobrou de ministros a divulgação de fake news sobre TSE e urnas

A operação contra Bolsonaro e aliados repercutiram na imprensa internacional.

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Valter Campanato/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo das operações da Polícia Federal nesta quinta-feira, 8. De acordo com relatório que fundamentou a operação contra Bolsonaro e os aliados, foi alegado que o ex-presidente teria ordenado a disseminação de desinformação sobre o Tribunal Superior Eleitoral e as urnas eletrônicasA operação contra Bolsonaro e aliados repercutiram na imprensa internacional.

Conforme detalhado no relatório, em uma reunião datada de 5 de julho de 2022, Bolsonaro teria instruído seus ministros a seguirem sua narrativa. O suposto diálogo, capturado em vídeo e apreendido pela Polícia Federal em 2023, mostra Bolsonaro exigindo que todos os ministros ecoassem suas declarações.

"Bolsonaro teria dito que todos os ministros deveriam repetir suas palavras, conforme revelado em um vídeo encontrado no computador de Mauro Cid e apreendido pela Polícia Federal. "Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar ele vai vim [sic] falar para mim porque ele não quer falar. Se apresentar onde eu estou errado, eu topo", teria dito o ex-presidente.

Além disso, Bolsonaro teria adotado uma postura inflexível, afirmando que não toleraria divergências por parte de seus ministros e desafiando-os a contestar suas declarações. Ele teria enfatizado que aqueles que acreditavam em sua vitória eleitoral estavam equivocados, sublinhando a necessidade de ataques ao sistema eleitoral.

"Se tá achando que eu vou ter 70% dos votos e vou ganhar como ganhei em 2018, e vou provar, o cara tá no lugar errado", teria dito Bolsonaro, de acordo com o relatório. Essas alegações, se confirmadas, levantam sérias questões sobre a ética e a integridade do ex-presidente e de seu governo, assim como sobre a saúde da democracia no Brasil.



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