Bonfim diz que faltou diálogo e respeito à sua pré-candidatura no PSDB

Pré-candidato a governador do Piauí, o professor Washington Bonfim disse nesta segunda-feira, 28, que seu posicionamento diante da federação entre Cidadania e PSDB parece totalmente incompreensível do ponto de vista político no Piauí.

"Essa federação se alinha a um projeto de outro partido e sequer fortalece as agremiações, pois não se criou, por parte do PSDB, qualquer alternativa eleitoral minimante viável no pleito proporcional, especialmente para a Câmara Federal", explica.

Quanto ao seu destino partidário, Washington Bonfim permanece com a pré-candidatura, no Cidadania. "O ciclo jurídico da formação da federação ainda não se completou", afirma.

Professor Washington Bonfim segue trabalhando na pré-campanha (Reprodução)

Pré-campanha

O cientista político segue, portanto, trabalhando em sua pré-campanha, ouvindo a população que tem reivindicado atenção e apoio do governo estadual para poder produzir, ter renda, emprego. "Os jovens pedem uma alternativa de segurança e educação que tirem nossos filhos do caminho das drogas e da violência", disse.

O professor Washington Bonfim descartou qualquer aproximação com o candidato do senador Ciro Nogueira e afirmou que é tarde para tentativas de aproximá-lo de Sílvio Mendes.

Washington, que está analisando os possíveis cenários políticos, disse que sua pré-candidatura está mantida, mesmo após o PSDB declarar que a federação com o Cidadania vai apoiar o ex-prefeito de Teresina.

O professor destacou que, em vários momentos, faltou não apenas o diálogo, mas também respeito à sua pré-candidatura e às suas ideias. “Houve vetos explícitos à minha pessoa por parte de alguns integrantes do PSDB. Então, vejo que agora essas declarações do pré-candidato do senador Ciro Nogueira, de que gostaria de me ver no seu palanque, vem um pouco tarde. Nunca tratei ninguém do PSDB como inimigo, jamais tratarei, e inúmeras vezes fui tratado como tal”, declarou.

O cientista político ressalta ainda que o alinhamento do ex-prefeito de Teresina com o governo do presidente Bolsonaro é uma das principais razões do seu afastamento. “Em declarações recentes, ele tem reafirmado posições equivocadas sobre a pandemia, como por exemplo  uso de cloroquina para tratamento da doença, um remédio sem eficácia comprovada. Nós sempre estivemos do lado da Ciência”.