Brasileiro Seitenfus é condecorado pelo presidente do Haiti

Ricardo Seitenfus era representante da OEA no país, mas foi afastado.

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Ex-representante da OEA no Haiti Ricardo Seitenfus foi condecorado pelo presidente do país, René Prevel (à dir.). | Arquivo pessoal
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Ex-representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti, o brasileiro Ricardo Seitenfus foi condecorado, na última terça-feira (2), com o título de Grande Cavalheiro da Ordem Nacional de Honra e Mérito do Haiti.

A homenagem foi entregue pessoalmente pelo presidente do país, René Preval e, segundo o governo do Haiti, se dá pelas atitudes do representante na ?defesa e dignidade do povo do Haiti?.

Seitenfus foi o primeiro representante da OEA a receber uma condecoração no país, desde 1948, quando a organização passou a ter representantes no Haiti. A solenidade aconteceu em uma barraca, instalada ao lado do palácio presidencial, que foi destruído pelo terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010. Desde o terremoto, a barraca serve de palácio ao governo.

?É uma felicidade imensa receber este reconhecimento da sociedade do Haiti. É uma homenagem inesperada, surpreendente e inesquecível?, afirmou Seitenfus ao G1, por telefone.

No Haiti desde o começo de 2009, Seitenfus deixou a representação da OEA devido a declarações em que criticava o trabalho de entidades internacionais no Haiti. O estopim teria sido uma entrevista ao jornal suíço Le Temps, na qual o brasileiro questionou não apenas o papel das tropas da ONU no Haiti, como também dos principais países doadores. Embora tenha deixado a missão no Haiti, a condecoração recebida por Seitenfus ganhou um espaço de destaque na página institucional da OEA.

?Eu falei com o Insulza [Jose Miguel Insulza, secretário-geral da OEA) comunicando a condecoração. Ele, inclusive, considerou que eu fiz um ótimo trabalho no país?, disse Seitenfus.

Durante os dois anos em que esteve no Haiti, Seitenfus auxiliou em trabalhos da área social e política. A representação da OEA foi responsável pela confecção de cerca de 5 milhões de cédulas de identidade, documento exigido para as eleições do país. Para o brasileiro, as divergências pelas suas posições em relação aos trabalhos desenvolvidos no Haiti já foram superadas. Tanto que Seitenfus foi sondado para continuar seus trabalhos junto a OEA, no comando de uma representação diplomática que deverá ser definida até o começo de abril.

?Houve uma sondagem para que eu permaneça na OEA, e que assuma uma representação. Estou avaliando com carinho?, afirmou o brasileiro.



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