Cabral atribui atos de vandalismo a organizações internacionais

O governador justificou dificuldade da polícia em combater a violência

Avalie a matéria:
Ele agradeceu e rejeitou ajuda de Dilma Rousseff para eventos da JMJ | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O governador do Rio, Sérgio Cabral justificou a dificuldade da polícia fluminense em combater atos de vandalismo em manifestações pela cidade, dizendo que a violência é estimulada por organizações internacionais,. Ele concedeu entrevista coletiva, no início da tarde desta sexta-feira (19), no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul, para falar sobre a criação da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas. O decreto vai ser publicado na segunda-feira (22).

"Essas manifestações têm um caráter diverso, de enfrentamento com a polícia. Antes não tínhamos as redes sociais no passado. Sabemos que através delas, há organizações internacionais que estimulam o vandalismo", disse Cabral, destacando que a criação da comissão tem o objetivo de unificar e agilizar as investigações contra os vândalos e baderneiro, facilitando o trabalho da polícia e da justiça.

O governador contou ainda que, preocupada, a presidente Dilma Rousseff telefonou na noite de quinta-feira (18) para oferecer ajuda para o policiamento dos eventos da Jornada Mundial da Juventude, na cidade. Ele agradeceu a oferta, rejeitou a ajuda e confirmou a realização de um evento para o Papa Francisco no Palácio Guanabara.

"A visita do papa ao Palácio Guanabara está confirmada. Assim como a presença da presidente Dilma, do vice-presidente Michel Temer e de pelo menos oito governadores. O papa vai ser recepcionado com todo amor, respeito e dignidade no Rio, mesmo por seguidores de outras religões, ateus e agnósticos. Ele vai ser recebido de braços abertos, como o Cristo Redentor. O clima será de fraternidade, amor e carinho", disse o governador.

Mesmo depois dos acampamentos de manifestantes e de protestos na porta de sua residência e que na quarta-feira (17) culminaram com atos de vandalismo no Leblon e em Ipanema, na Zonal Sul, Cabral garantiu que vai continuar morando no Leblon.

"Já morava lá com minha família antes de me eleger e vou continuar lá. O Palácio Laranjeiras (que poderia ser usado como residência oficial do governador) está sendo restaurado e deve ser entregue pronto no ano que vem", enfatizou Cabral.

Comissão de polícias

Na noite de quinta-feira (18), após reunião com representantes do governo e da segurança pública do estado do Rio, o procurador-geral Marfan Vieira anunciou a criação de uma comissão especial formada pelas polícias Civil e Militar, Ministério Público (MP) e o próprio governo. A comissão vai investigar os responsáveis pelos atos de vandalismo durante os protestos, além da atuação da polícia. O objetivo é não deixar impunes os crimes cometidos nas manifestações.

"Já está estruturada. Amanhã [sexta] serão desenhados os detalhes operacionais desta comissão. Ela vai trabalhar os inquéritos que já existem e vai levar a investigação às origens dessas pessoas, de onde vêm, pelo que são movidas, pelo que são financiadas, quem está por trás disso. Ou continuaremos a prender em flagrante e depois nada acontecendo no poder judiciário", disse.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES