Cachoeira depõe e nega ser dono de caça-níqueis apreendidos em 2012

Bicheiro se apresentou para depor no Distrito Federal sem ter sido intimado. Advogado diz haver campanha para ligar Cachoeira a jogo no DF e Entorno

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O contraventor Carlinhos Cachoeira ao deixar delegacia em Taguatinga, no Distrito Federal, nesta segunda (18) | Lucas Nanini/G1
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O contraventor Carlinhos Cachoeira negou nesta segunda-feira (18), em depoimento à Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), que seja o dono das máquinas caça-níqueis apreendidas pela polícia no ano passado no Distrito Federal e em cidades do Entorno, disse o advogado dele, Cleber Lopes.

De acordo com a Polícia Civil, em um ano da operação Jackpot, que investiga esquema de jogo ilegal no Distrito Federal e em cidades do Entorno, 300 máquinas caça-níqueis foram apreendidas e 31 casas de jogos deixaram de funcionar.

Cachoeira compareceu à delegacia espontaneamente, sem ter sido convocado pela polícia. O advogado, que acompanhou o bicheiro durante o depoimento, afirmou que ele se antecipou a uma eventual intimação.

"O Carlos Augusto veio aqui para falar que, ao contrário do que noticiou a imprensa, não tem nenhuma relação com as máquinas caça-níqueis apreendidas durante todo o ano de 2012. Algumas das pessoas envolvidas ele sequer conhece. Ele não foi indiciado, a polícia não o indiciou porque não encontrou elementos que o ligassem a essas máquinas", afirmou o advogado.

Segundo Lopes, existe uma campanha para relacionar Cachoeira a todos os casos envolvendo jogos ilegais no DF e no Entorno. "Ele não poderia ter relação com essas máquinas até porque ele estava preso até dezembro de 2012. E em 2013, não há nenhum elemento que ligue o Carlos Augusto às máquinas caça-níqueis", disse Lopes.

O depoimento de Carlinhos Cachoeira teve duração de cerca de uma hora. Na saída da delegacia, ele permaneceu quase todo o tempo calado. Antes de entrar no carro para ir embora ele disse, se referindo aos jornalistas: "Obrigado a vocês".

Cachoeira já havia se apresentado para depor sobre as investigações da operação Jackpot no último dia 6, mas ele acabou não sendo ouvido porque faltou energia na delegacia.

Operação Monte Carlo

Suspeito de comandar rede de jogo ilegal em Goiás, Carlinhos Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro do ano passado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Segundo gravações da PF, o esquema envolvia políticos e empresários em uma rede de corrupção, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas.

Após ser preso, Cachoeira foi levado para o presídio federal de Mossoró por razões de segurança, mas depois transferido para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Ele foi libertado no dia 21 de novembro.

Em março, o Ministério Público Federal em Goiás ofereceu denúncia à Justiça Federal contra 81 pessoas envolvidas na máfia dos caça-níqueis desarticulada pela Operação Monte Carlo. Segundo o MPF, tinham participação na quadrilha três policiais federais, sete policiais civis, 28 militares, um policial rodoviário federal e dois servidores públicos.

Eles foram denunciados por formação de quadrilha armada, corrupção ativa e passiva, peculato e violação de sigilo perpetrado por servidores públicos federais, estaduais e municipais.



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