Cachoeira é esperado na CPI e no Conselho de Ética nesta semana

Defesa pediu ao Supremo para que depoimento na CPI seja adiado.

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O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pivô das denúncias envolvendo políticos e empresários, é esperado para prestar depoimentos nesta semana no Congresso Nacional.

O primeiro depoimento de Cachoeira é esperado para terça-feira (22), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o elo do contraventor com políticos e empresários. O depoimento, contudo, ainda não está garantido. Na última sexta-feira (18), defesa do protocolou pedido à CPI para adiar o depoimento do contraventor.

No documento, os advogados argumentam que não conseguirão analisar antes da oitiva os mais de 90 mil áudios e 15 mil páginas do inquérito da Polícia Federal com a investigação. Eles pedem cópias dos documentos e um prazo de três semanas contado a partir da retirada das informações, para que seja remarcado o depoimento.

Com a alegação de que estaria havendo "cerceamento de defesa", os advogados de Cachoeira já conseguiram adiar uma vez a ida dele à CPI, prevista para a última terça (15). O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello aceitou pedido para suspender o depoimento até que fosse liberado acesso ao inquérito.

Já no Conselho de Ética do Senado, que investiga o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) por suspeita de quebra de decoro parlamentar, Cachoeira é esperado na quarta-feira. No Conselho, o depoimento de Cachoeira, se ocorrer, será na condição de testemunha de defesa de Demóstenes.

O senador é acusado de usar o mandato parlamentar para beneficiar a rede de negócios do bicheiro, o que pode resultar na perda do mandato do parlamentar. Ainda no conselho, na terça-feira (22), é esperado o depoimento do advogado de Goiás Ruy Cruvinel, também testemunha de defesa de Demóstenes.

"Ele [Cachoeira] é testemunha de defesa de Demóstenes. Se ele não vier, pior para o Demóstenes", disse o presidente do Conselho de Ética do Senado, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).

Os integrantes da CPMI ainda pretendem ouvir os principais auxiliares do contraventor - Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Gleyb Ferreira e Geovani Pereira da Silva. Outro dos auxiliares, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, também tem depoimento previsto.

A CPI ainda quer ouvir José Olímpio de Queiroga e Lenine Araújo de Souza, entre outros. Os depoimentos estão marcados para a próxima quinta-feira (24).

Câmara

Na Câmara dos Deputados, a expectativa é a votação da PEC do Trabalho Escravo, proposta de emenda à Constituição que prevê a expropriação, sem indenização, das terras de produtores que utilizem trabalho escravo em suas propriedades. A proposta será colocada em votação no plenário nesta terça-feira (22).

A PEC do Trabalho escravo foi aprovada no Senado em 2003 e votada em primeiro turno na Câmara em 2004. Como é uma proposta que altera a Constituição, a PEC precisa ser votada em dois turnos em cada Casa. Se aprovada, vai à promulgação. Para aprovação, são necessários 308 votos favoráveis dos parlamentares e os votos serão abertos.



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