Carlos Bolsonaro quebra silêncio e nega qualquer crime referente às joias

Neste domingo (13), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou sua conta na plataforma "X" (antigo Twitter) para abordar o caso das joias recebidas por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante seu mandato. Carlos afirmou que Bolsonaro seguiu "todas as recomendações" do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito desse assunto.

Na postagem, que marca a primeira manifestação da família Bolsonaro sobre o tema após a operação da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (11), Carlos cita uma decisão do TCU para apoiar seu pai na investigação relacionada a um suposto esquema de desvio de joias. O vereador argumenta que houve uma mudança na compreensão sobre o que constitui um item de "natureza personalíssima ou de consumo direto do presidente" e que, com base nessa nova interpretação, Bolsonaro optou por devolver os presentes que recebeu.

Entretanto, a devolução das joias ocorreu somente após a revelação de que representantes do governo tentaram trazer os presentes de forma ilegal para o Brasil. Em março, após a repercussão do caso, o plenário do TCU decidiu por unanimidade que o ex-presidente deveria restituir os itens.

Em contraste ao vereador, os demais membros da família Bolsonaro permaneceram em total silêncio em relação ao assunto após a ação da Polícia Federal. Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sugeriu que havia "indicações da possibilidade" de que o esquema de desvio dos presentes da Presidência da República ocorreu por "ordem de Jair Bolsonaro", implicando diretamente o ex-chefe do Executivo. De acordo com a colunista de O GLOBO, Malu Gaspar, aliados de Bolsonaro perceberam na decisão de Moraes uma ameaça de prisão ao ex-presidente.

Em uma entrevista ao canal bolsonarista Te Atualizei, que foi ao ar neste domingo e durou cerca de 1h20min, o ex-mandatário não abordou a investigação. Em vez disso, ele abordou o legado de seu governo e lançou críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou suas redes sociais para compartilhar um calendário com fotos de seu pai.

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