Com inelegibilidade de Bolsonaro, PL disputa cargos no Governo Lula

Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido, liberou os deputados para negociarem com o Palácio do Planalto

Ex-presidente Bolsonaro | Divulgação
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Com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, o cenário político brasileiro sofreu reviravoltas significativas. O Partido Liberal (PL) entrou na disputa pela distribuição de cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido, liberou os deputados para negociarem com o Palácio do Planalto, já os que pertencem a ala bolsonarista assumiu uma postura de oposição mais radical.

Essa movimentação começou a surtir resultado, pois o partido já conseguiu a indicação de um aliado do PL para uma posição de destaque no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)Trata-se do engenheiro Fábio Pessoa da Silva Nunes para a Diretoria de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, um cargo de grande importância que cuida das obras em rodovias em todo o país e é alvo de cobiça por parte dos políticos.

Nunes é considerado homem de confiança do ex-ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Ele já ocupou o cargo de diretor de planejamento e projetos especiais do Ministério da Infraestrutura durante a gestão de Bolsonaro. A indicação de Nunes foi aprovada pela Comissão de Infraestrutura do Senado em uma votação secreta realizada na terça-feira, 4 de julho. A aprovação contou com uma ampla maioria, com 19 dos 20 senadores presentes votando a favor.

 Aproveitando-se da base favorável no Senado, o governo busca aumentar o apoio na Câmara dos Deputados. Para isso, os articuladores políticos de Lula estão em negociações diárias com dissidentes do PL, do Republicanos e do PP, ao mesmo tempo em que tentam conquistar a fidelidade de partidos como União Brasil, MDB e PSD, que foram agraciados com três ministérios cada.

No âmbito do DNIT, o MDB do Senado se fortaleceu significativamente. senador Renan Calheiros (MDB-AL) conseguiu emplacar o diretor-geral da autarquia, Fabricio de Oliveira Galvão, um funcionário de carreira do órgão. Galvão foi aprovado por unanimidade, com 20 votos, pela Comissão de Infraestrutura. Galvão já atuava como substituto na chefia do DNIT desde fevereiro e anteriormente ocupou o cargo de superintendente do DNIT em Alagoas.

Além disso, o MDB do Senado conquistou a diretoria-executiva do DNIT, que ficou sob a responsabilidade de Carlos Antonio Rocha de Barros, também um servidor de carreira. A aprovação de Barros no colegiado foi quase unânime, com apenas um voto contrário.

Para a Diretoria de Infraestrutura Ferroviária, o engenheiro  civil José Eduardo Guidi, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagem de Rondônia, foi indicado pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO). Anteriormente, em maio, o senador Eduardo Braga conseguiu o cargo de diretor de infraestrutura aquaviária do DNIT para o engenheiro Erick Moura de Medeiros. A  Associação dos Engenheiros do DNIT (AEDNIT) emitiu nota em que celebra o avanço e a indicação dos quatro novos diretores para a autarquia.

"Ressaltamos, com orgulho, que a maioria dos diretores agora empossados são servidores de carreira do próprio DNIT. Essa conquista é uma prova do valor inestimável dos servidores públicos, que dedicam seu talento, esforço e comprometimento para o aprimoramento contínuo do órgão e o atendimento das demandas da sociedade", disse a AEDNIT no comunicado.



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