Câmara: Conselho de Ética abre um processo contra André Vargas

O presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), indicou o relator, escolhido a partir de uma lista tríplice.

Avalie a matéria:
O deputado federal André Vargas (PT-PR) | Divulgação

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou nesta quarta-feira (9) processo de investigação por improbidade administrativa contra o deputado petista licenciado André Vargas (PR), vice-presidente da Casa, por conta de suspeitas de que teria favorecido um doleiro preso. Com o início do processo, Vargas não pode mais renunciar para evitar a perda dos direitos políticos.

O presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), indicou o relator, escolhido a partir de uma lista tríplice. Foi designado o deputado Julio Delgado (PSB-MG), em uma lista que tinha ainda os nomes de Renzo Braz (PP-MG) e Roberto Teixeira (PP-PE).

Izar disse ainda que vai pedir ao relator que conclua o parecer com rapidez para dar tempo de encerrar o processo antes do recesso parlamentar, em julho. O conselho tem prazo de 90 dias úteis, a partir de amanhã.

A primeira tarefa do relator será elaborar um parecer preliminar que, se aprovado, dará seguimento ao processo. Depois, ele irá preparar um definitivo, que poderá recomendar até a cassação do mandato. O parecer, então, será votado pelo conselho e levado ao plenário da Câmara, que terá a palavra final.

Vargas ainda pode renunciar a qualquer momento, mas, devido à Lei da Ficha Limpa, se o fizer durante o processo no conselho, já perderá seus direitos políticos por oito anos. "A renúncia dele agora não muda nada", afirmou Izar.

Em uma manobra em socorro ao parlamentar, o PT apresentou uma questão de ordem para tentar evitar a abertura do processo, mas a questão acabou rejeitada por Izar. O PT prometeu recorrer ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) --numa última tentativa de interromper o processo.

O partido queria que o conselho esperasse a conclusão da investigação pela Corregedoria da Casa, que pode levar 45 dias, para, diante dos resultados, só então decidir se abriria ou não processo contra Vargas.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA) alegou que as acusações contra Vargas no requerimento assinado por três partidos da oposição (PSDB, DEM e PPS) se baseavam apenas em matérias jornalísticas, o que seria insuficiente para abertura de processo contra ele no Conselho de Ética.

Em contrapartida, Geraldo propôs que se aguardasse a conclusão das apurações a serem iniciadas pela Corregedoria da Casa, provocada por um requerimento do PSOL. Com isso, Vargas ganharia mais fôlego e tempo para decidir se renuncia ou não ao cargo.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES