Corpo de ex-prefeito Celso Pitta é velado na Assembleia de São Paulo

Pitta morreu às 23h50 desta sexta-feira (20), no Hospital Sírio-Libanês

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Começou pouco depois das 13h deste sábado (21) o velório do corpo do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PTB) na Assembleia Legislativa de São Paulo. O enterro está marcado para as 17h no cemitério Getsêmani.

Pitta morreu às 23h50 desta sexta-feira (20), no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, em decorrência de um câncer disseminado no intestino.

A mãe do ex-prefeito, Zuleica Pitta, de 89 anos, a mulher, Rony Golabek, e uma sobrinha acompanham o velório. A empresária e a mãe de Pitta se emocionaram quando o caixão foi aberto e colocaram a mão sobre a cabeça do ex-prefeito.

Ex-secretários e ex-prefeito

Alguns ex-secretários de Pitta, entre eles, Fausto Camunha (Esportes), Guto Meinberg (Secretaria de Governo) e Antonio de Freitas (Finanças) estiveram no local.

Meinberg contou que esteve com Pitta há dois dias. Questionado sobre se o ex-prefeito tinha ambições políticas para as próximas eleições, afirmou que Pitta "queria sossego". A vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio, e o ex-prefeito de São Paulo Salim Curiati também compareceram ao velório.

Representando o deputado Campos Machado, presidente do PTB em São Paulo, o membro da executiva do partido Antônio Luis Rodrigues afirmou que a morte de PItta é uma grande perda para a legenda. Por meio de nota, Machado, que está no interior do estado, afirmou que o ex-prefeito foi uma "vítima das trágicas circunstâncias".

Tumor

Boletim médico divulgado pelo hospital informou que a doença vinha vinha sendo tratada desde janeiro desse ano, quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino.

De acordo com o boletim, Pitta estava internado desde 3 de novembro, acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelos médicos Raul Cutait e Paulo Hoff.

Carreira

Carioca, Pitta estudou economia no Rio de Janeiro e passou por uma temporada de estudos nos Estados Unidos. Em São Paulo, ele trabalhou como diretor financeiro da Eucatex, empresa da família de Paulo Maluf.

Ele deixou a empresa para ser secretário de Finanças na gestão de Maluf, de 1993 a 1996. Como na época ainda não havia a possibilidade da reeleição, o então prefeito lançou Pitta como seu candidato e fez dele seu sucessor. Os dois romperam após a campanha e não voltaram a se reaproximar, segundo a assessoria de Maluf.

Prefeitura

Pitta foi eleito pelo PPB em 1996, com 62,2% dos votos, derrotando a ex-prefeita Luiza Erundina (PT) no segundo turno. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000.

O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo, de quem se separou ao fim do mandato. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários - entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios, pelo qual chegou a ser condenado.

Devido a denúncias, o prefeito teve seu mandato cassado pela Justiça e ficou 18 dias afastado do cargo - de 26 de maio a 13 de junho de 2000. Neste período, assumiu o seu vice, Régis de Oliveira.

Graças a um recurso, Pitta recuperou o mandato. Ao deixar a prefeitura, em 31 de dezembro de 2000, ele era réu em várias ações civis públicas. Candidatou-se a deputado federal em 2002 e 2006, mas não se elegeu.

Após deixar a prefeitura Pitta filiou-se ao PTB e voltou a trabalhar como economista, prestando assessoria a empresas.

Prisões

O ex-prefeito chegou a ser preso em julho do ano passado, durante a Operação Satiagraha, mesma ocasião em que também foram detidos o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas.

Para o advogado de Pitta as disputas judiciais contribuíram para agravar a doença do ex-prefeito.

Em novembro de 2008, ele teve a prisão decretada por falta de pagamento da pensão à ex-mulher. Em abril deste ano, ele obteve um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitindo que cumprisse prisão domiciliar.

À época, ele afirmou que deixou de pagar a pensão a sua ex-mulher, Nicéia Pitta,

devido a perdas de contratos por tido nome envolvido na Operação Satiagraha.



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