Crise econômica não é desculpa para negar aumento, declara CUT

Presidente da central sindical se reuniu com ministro Gilberto Carvalho.

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou nesta quinta-feira (19) que a crise econômica internacional não deve servir de "desculpa" para que o governo não conceda aumento salarial para os servidores públicos em greve. Freitas foi recebido nesta tarde pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho

"Se existe uma crise, embora nós sempre vamos utilizar como argumentação que essa crise não foi construída pelos trabalhadores, ela não pode ser utilizada como desculpa para tudo isso", afirmou Freitas a jornalistas após deixar a reunião com Gilberto Carvalho.

Freitas disse que deixou o Palácio do Planalto sem receber nenhuma proposta por parte do governo. "O governo precisa fazer propostas. A greve não deve transcorrer sem que o governo tenha proposta econômica no sentido de você estabelecer negociação", afirmou.

Segundo o sindicalista, o governo argumenta que, diante da crise econômica, é preciso fomentar o crescimento do mercado interno e ter cuidado "com qualquer passo que possa ser dado do ponto de vista econômico".

Para Freitas, "as medidas para sair da crise não podem ser, de maneira nenhuma, no arrocho do salário dos trabalhadores". Os trabalhadores, afirmou, reconhecem que a crise existe e que o governo deve se precaver contra ela, mas ponderou: "Existem outras formas de aumentar a arrecadação, o que não precisa ser obrigatoriamente no salário dos servidores em greve".

Negociação direta

Ainda de acordo com o sindicalista, Gilberto Carvalho afirmou que a orientação é para que os ministros de cada área negociem diretamente com os grevistas. "Nós entendemos, e o governo colocou claramente na reunião, que os ministros de cada área devem receber os sindicalistas, o comando do movimento, para negociação", explicou Freitas.

O governo já fez as contas do impacto causado ao orçamento do país caso as reinvindicações de todas as categorias de todos os poderes fossem atendidas ? incluindo aumento salarial e reestruturação de carreiras. Segundo cálculos do Ministério do Planejamento, o gasto adicional na folha de pagamento seria de R$ 92,2 bilhões, o que equivale a 2% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Atualmente, a folha de pagamentos custa R$ 190 bilhões, valor que representa 4% do PIB.



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