Decisão sobre liberdade de Suzane só deve sair após investigação sobre Twitter

Decisão sobre a progressão de Suzane von Richthofen ao regime semiaberto pode demorar um pouco mais para sair

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Prevista para ser divulgada ainda nesta semana, a decisão sobre a progressão de Suzane von Richthofen ao regime semiaberto pode demorar um pouco mais para sair. Nesta quarta-feira, a juíza Sueli Armani de Menezes, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté (a 140 km de São Paulo), devolveu os autos para o cartório e, conforme a Folha Online apurou, a concessão do benefício só deverá ocorrer após investigação do Ministério Público sobre um suposto perfil de Suzane no Twitter (serviço microblogs).

Nesta semana, o promotor Paulo José de Palma, da VEC (Vara de Execuções Criminais) de Taubaté, solicitou que fosse apurado se Suzane poderia ter criado e mantido um perfil na internet mesmo estando na prisão, em Tremembé (a 147 km de SP). O suposto perfil de Suzane, entretanto, foi tirado do ar após a divulgação das investigações.

A administração da penitenciária de Tremembé --onde ela cumpre pena em regime fechado por participar do homicídio dos pais, em 2002--, deverá entregar um relatório comprovando que a detenta não tem acesso à internet na prisão.

Em 2006, Suzane foi transferida do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro (175 km de São Paulo) porque a diretora de Segurança e Disciplina da unidade permitia que a presidiária usasse o sistema de informática para se comunicar com o mundo exterior.

Conforme a Folha Online apurou, enquanto o Ministério Público de Taubaté não concluir as investigações sobre o caso, a previsão é que a Justiça não se pronuncie sobre a concessão do benefício.

Os requisitos legais para a presa passar o restante da pena em estabelecimento de regime semiaberto são o cumprimento de um sexto da pena e um atestado de bom comportamento emitido pelo diretor do presídio. O atestado foi expedido pela direção da penitenciária em que Suzane está.

Procurado pela reportagem, o advogado de Suzane, Denivaldo Barni, disse desconhecer as razões que levaram a juíza a devolver os autos ao cartório --o que suspende a decisão provisoriamente.

Exames

Para chegar a uma decisão, a juíza analisa os resultados dos exames criminológicos da jovem, o parecer da Promotoria --que se posicionou contra a concessão do benefício --, e os argumentos da defesa.

Os exames criminológicos --realizados por dois psicólogos, um assistente social e dois psiquiatras- foram solicitados pela Justiça para avaliar se Suzane já tinha condições de deixar a prisão.

Além disso, foi feita ainda uma avaliação técnica da unidade prisional, realizada por sete funcionários da penitenciária.

Após a análise dos laudos, o promotor Paulo José de Palma, da VEC (Vara de Execuções Criminais) de Taubaté, emitiu um parecer contra a concessão do regime semiaberto a Suzane, por considerá-la "dissimulada".

Suzane foi condenada por participar do homicídio dos pais, Marísia e Manfred. Ela confessou ter auxiliado o namorado na época, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian --ambos também condenados.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES